Essa foi a segunda turma de 2019 e, desta vez, servidores das Varas Trabalhistas do interior do Estado também foram capacitados.

Um grupo de 18 servidores do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (Maranhão) concluiu, na sexta-feira 20/9, o curso de Língua Brasileira de Sinais (Libras) promovido pela Escola Judicial (EJud16). O curso foi ministrado durante dois dias no Auditório Professora Maria da Graça Jorge Martins (Auditório da EJud), localizado no 1º andar do prédio-sede do TRT-MA, com 16 servidores das Varas do Trabalho do interior do Estado e 2 servidores da capital, que aprenderam o alfabeto e os sinais mais utilizados na comunicação da comunidade surda, a fim de melhor atender as pessoas com deficiência auditiva que buscam esta Justiça Trabalhista.
Na abertura do curso, o secretário da Escola Judicial, servidor Allan Carlos de Souza Marques, fez alusão às palavras do coordenador da EJud16, juiz Paulo Fernando da Silva Santos Júnior, quando, em seu pronunciamento no início da primeira turma do curso de LIBRAS, em abril passado, falou sobre a necessidade de trazer essa capacitação para o Regional. "Promover a acessibilidade é de extrema importância, e cabe perfeitamente no papel da nossa Escola Judicial abordar temáticas desafiadoras e capacitar magistrados e servidores com ferramentas para garantir o pleno acesso à Justiça daquelas pessoas com qualquer tipo de deficiência, a fim de melhor atender às necessidades do público de um modo geral", relembrou Allan, desejando um bom desempenho a todos.
Angelina Freitas, pedagoga e intérprete de LIBRAS, foi a facilitadora da primeira turma que atendeu somente servidores de São Luís, e, pela segunda vez, voltou no Auditório da Escola para aplicar o treinamento. Angelina ressaltou a importância de estender a capacitação para os servidores do interior do Maranhão. "As pessoas surdas estão em todos os lugares e, na maioria das vezes, não conseguem estabelecer comunicação com as outras pessoas não surdas. No caso dos órgãos públicos, é primordial que as barreiras para as pessoas com deficiência se quebrem e que, quando procurados, o atendimento possa ser satisfatório. É super importante a promoção da acessibilidade e, com este treinamento, apesar de ter sido uma carga horária curta, de 16h, os servidores do interior já vão ter pelo menos noção da LIBRAS,  para recepcionar e também prestar algumas informações de interesse desta Justiça Especializada, da mesma forma que os servidores da primeira turma", considerou a pedagoga.
Glennyo Clay Santos Batalha, diretor de Secretaria da 2ª VT de Imperatriz, veio a São Luís aprender a segunda língua oficial do Brasil. "Hoje não é tão comum recebermos pessoas surdas na VT, mas há alguns anos o TRT-MA estabeleceu um convênio com uma associação de surdos e nós tínhamos duas pessoas na Vara com as quais só conseguíamos manter contato por meio de intérprete. Agora, acredito que será bem mais fácil lidar se, por ventura, aparecer um surdo na 2ª VT de Imperatriz, porque já tenho alguma noção. Foi muito boa esta oportunidade! Com certeza, melhora o nosso atendimento e amplia a inclusão para esse público, pois, apesar de não termos aprendido tudo, a professora trabalhou conosco os sinais dos termos que usamos frequentemente", enfatizou.
O curso fez parte da agenda comemorativa dos 10 anos de atuação, na seara trabalhista maranhense, da Escola Judicial do TRT-MA. No encerramento, os servidores praticaram o diálogo em LIBRAS e fizeram apresentação musical, utilizando os conhecimentos adquiridos na capacitação.
 
Redação: Kellyne Lobato (estagiária de Jornalismo).
Responsável: Rosemary Araujo.