Agosto Dourado: profissionais da área de saúde realizam roda de conversa sobre aleitamento materno no TRT-MA

segunda-feira, 19 de Agosto de 2019 - 14:35
Redator (a)
Suely Cavalcante
Susana disse que a GEAP desenvolve vários programas focados na saúde e bem-estar de seus beneficiários
Elaine frisou sobre a necessidade de a mãe ter uma alimentação balanceada e beber bastante água

A importância do aleitamento materno para a saúde e bem-estar dos bebês foi o tema da roda de conversa realizada pelo Setor de Saúde do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região, na tarde desta quinta-feira (15), no Auditório Profª Maria da Graça Jorge Martins da Escola Judicial. O evento, que reuniu servidores e terceirzados, foi realizado em parceria com a GEAP Saúde, que possibilitou a vinda da nutricionista Elaine Cristina Costa Rodrigues, da médica Luana Silva Caldas dos Santos, da psicóloga Patrícia do Livramento Moraes Ribeiro Portelada, e da dentista Anna Cláudia Dias Pereira Carneiro, que abordaram o tema sob o ponto de vista da respectiva atuação profissional. Presente ainda Rosângela de Jesus Coelho, assistente técnico da GEAP.
A iniciativa do Setor de Saúde está alinhada às ações do Agosto Dourado, mês dedicado à proteção e apoio ao aleitamento materno. Neste ano, o tema da campanha é "Empoderar mães e pais, favorecer a amamentação: hoje e para o futuro!". 
Na abertura do evento, Marilda Amorim, chefe do Setor de Saúde, destacou a parceria do TRT com a GEAP, chamando em seguida Susana Kelley Monteiro Duarte, analista de Programas Assistenciais da GEAP, que falou dos vários programas que a empresa mantém relacionados à saúde e bem-estar, entre eles, o programa da gestante e o programa da criança, e como agosto é o mês do aleitamento materno, a GEAP está realizando ações para debater o tema. Em seguida, apresentou a nutricionista Elaine Rodrigues, que falou sobre alimentação da lactante, isto é, da mãe que está amamentando.
Elaine, que é especialista em nutrição clínica e materno-infantil, lembrou que o leite materno é o alimento mais completo para o bebê por possuir todos os nutrientes essenciais que o bebê, tais como proteína, minerais, carboidratos e gordura. Além disso, o ato de amamentar fortalece o vínculo de amor entre a mãe e a criança, melhora a imunidade do bebê, previne os riscos de alergia, entre outros benefícios.
Elaine lembrou que o leite materno é o único alimento que o bebê precisa até seis meses de idade. Após esse período, a alimentação deve ser complementada com outros alimentos.
Ela também enfatizou a importância da alimentação da mãe durante a gestação que deve ser rica, variada e balanceada, com frutas, verduras, legumes, alimentos ricos em proteínas, laticínios, sementes, peixes e alimentos ricos em ômega 3, além de beber bastante água, cerca de 3 a 4 litros de água por dia.
Além disso, alertou sobre os alimentos que não devem ser ingeridos, entre eles, aspartame, bebidas alcoólicas, cafeína, produtos industrializados, alimentos que causam gases como feijão, brócolis, couve-flor, repolho e batata doce. 
Acostumada com a rotina de acompanhar as mães e seus bebês, a médica pediatra Luana Caldas também reiterou a importância do aleitamento materno, afirmando que esse deve ser o único alimento do bebê até os seis meses de idade. Segundo Luana, não existe leite fraco ou pouca produção por parte da mãe, porém a produção de leite depende de uma boa hidratação e dos alimentos ingeridos pela lactante. A médica explica que o leite materno funciona como uma vacina, pois é rico em anticorpos e protege a criança de doenças como a diarreia, infecções respiratórias, alergias, anemia, entre outras.
Também é bom para a dentição e para a fala da criança, para o desenvolvimento infantil, diminui as possibilidades de a criança se tornar obesa ou ficar com sobrepeso, beneficia o coração e o sistema circulatório, sistemas digestivo e endócrino, bem como os rins. 
Ainda, conforme a médica, o ato de amamentar aumenta os laços afetivos, diminui o sangramento da mãe após o parto, faz o útero voltar ao normal mais rápido, reduz a depressão pós-parto, diminui risco de câncer de mama e ovários, reduz o risco da mãe de desenvolver diabetes tipo II, é econômico e prático.
Luana falou ainda sobre o modo correto de amamentar ou “pega correta”, mostrando a forma e a posição adequada para a lactante amamentar o bebê, bem como a forma correta de encerrar a mamada. Por outro lado, explicou que quando a pega é incorreta pode causa dor na mãe durante a amamentação, rachaduras e fissuras no seio, baixa produção de leite, baixo ganho de peso do bebê, ingurgitamento mamário por acúmulo de leite pela falta de sugar, dificuldade de amamentar no início. Nesse caso, é fundamental  que a lactante busque ajuda profissional.
A médica também reiterou a necessidade de a lactante beber bastante água e ter uma boa alimentação para ter uma boa produção de leite. Ela alertou que cirurgias mamárias podem causar dificuldades para a produção de leite, e disse que, em caso de pouco leite, além de aumentar a ingestão de água, a lactante deve deixar o bebê mamar mais e com menos intervalo porque quanto mais o bebê mamar mais leite será produzido. E falou sobre mitos da amamentação, tais como, leite empedrado faz mal à criança, leite provoca cólica na criança, leite vira água depois de seis meses e se a mulher engravidar tem que parar de amamentar. Luana denominou essas crenças de “fake news” da amamentação.
A psicóloga Patrícia Portelada focou no aspecto emocional da amamentação, Patrícia afirmou que a amamentação é essencial para o desenvolvimento físico da criança, mas também o ato de amamentar é importante para o desenvolvimento emocional do ser. No ato de amamentação, o bebê vai fortalecendo vínculos com a mãe, que além de nutrir a criança com o leite materno também o nutre com amor, carinho e cuidados. 
A roda de conversa foi encerrada com a participação da odontóloga Anna Cláudia Carneiro, que abordou a importância do aleitamento materno para a formação dos dentes. Ela também fez uma exposição sobre produtos odontológicos.
O evento contou ainda com a parceria da empresa I.Medical Imagem e Diagnóstico, que disponibilizou o teste de glicemia aos participantes do encontro. 

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