Boas práticas para preservar a memória da Justiça do Trabalho são apresentadas no TRT/MS

quinta-feira, 11 de Agosto de 2016 - 9:23

Nesta quarta-feira (10), último dia do VIII Encontro Nacional da Memória da Justiça do Trabalho, realizado no Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região, em Campo Grande, servidores de diversos TRTs e profissionais da área apresentaram boas práticas para preservar a memória da Justiça do Trabalho.
O servidor da Seção de Registro e Preservação da Memória Institucional do TRT do Espírito Santo, Marcos Polo Burakowski, falou sobre o Projeto "Exposições Itinerantes" que leva um acervo de fotos históricas para diferentes cidades capixabas. "É uma forma de prestigiar as varas do interior, levar para essas comunidades um pouco do reconhecimento da importância que elas têm para a Capital". Marcos relatou também que a exposição é simples de organizar e apresenta um ótimo resultado com o público e as mídias sociais. A presidente da Comissão de Memória do TRT-ES, juíza Denise Marsico do Couto, disse que ficou impressionada com o retorno das exposições itinerantes. "As pessoas se sentem prestigiadas por fazer parte da nossa história e isso não tem preço. Não é um projeto inviável, não é um projeto caro e tem um retorno incrível", destacou a magistrada.
A preservação da memória da Justiça do Trabalho também foi defendida pela doutora Maria Augusta de Castilho, professora do curso de História da Universidade Católica Dom Bosco, que apresentou o Projeto "Análise Histórica dos Processos Trabalhistas do TRT de Mato Grosso do Sul de 1962 a 1984". O convênio, firmado em 2008 entre o Tribunal e a instituição de ensino, disponibilizou quase 17 mil processos findos para análise dos acadêmicos, sob a supervisão de professores de História, Direito, Letras, Geografia e Economia. Nesses oito anos de projeto, 54 artigos científicos foram escritos por 60 bolsistas do curso de História, 18 bolsistas de Direito e uma bolsista de Arquitetura, com a ajuda de 18 orientadores. Parte desse trabalho foi retratado no livro eletrônico "Justiça do Trabalho no Curso da História de MS", lançado pelo Presidente do TRT/MS, des. Nery Sá e Silva de Azambuja, nessa terça-feira (9). 
Outro projeto bem-sucedido é o "Programa de Gestão Documental das Varas do Interior do Ceará". As servidoras do Memorial do TRT-7, Claudia Giovana Lopes Silva e Ana Virginia Lima de Lucena, relataram como era a estrutura organizacional dos processos arquivados em algumas unidades. "Os processos ficavam no chão em uma garagem e eu fiquei muito preocupada com a realidade de algumas varas do interior", contou Claudia. A partir daí o projeto foi desenvolvido para organizar, limpar e catalogar o acervo, além de melhorar o ambiente físico para arquivar os processos. Atualmente, o programa já foi implementado em quatro varas do trabalho.
O Projeto "Fontes Judiciais, Memória e História" foi apresentado pelo chefe da Seção de Memorial do TRT do Rio de Janeiro, João Roberto Oliveira Nunes, que relatou que a indexação de documentos permanentes começou em 2012 e hoje é uma atividade cotidiana do Tribunal que realiza a limpeza, identificação, arquivamento e organização em estantes dos acórdãos e autos dos processos judiciais findos. "O objetivo é criar um banco de dados que possa referenciar historicamente as relações de trabalho pela importância não apenas para a pesquisa, mas também para a preservação da memória da instituição", explicou João Roberto.
O empresário Wellington Rodrigues da Silva apresentou boas práticas do SIABI-MEMORIAL, software gerenciador de arquivo capaz de ajudar a controlar documentos arquivísticos, tanto no meio físico como no digital. O sistema, que foi implantado de forma pioneira no TRT/CE, ganhará uma nova plataforma que foi desenvolvida a partir de uma solicitação do Memorial do TRT/MS. A atualização do sistema trará inúmeros avanços e será implementada inicialmente nos Regionais de Mato Grosso do Sul e do Ceará.
Outra boa prática foi apresentada pela servidora do Centro de Memória do TRT do Maranhão, Edvânia Kátia, que abordou o Projeto "Memória Institucional - contando a história dos processos administrativos", que consiste em identificar e classificar os processos administrativos da instituição com valor histórico. "Quando falamos de preservar um processo, seja ele judicial ou administrativo, estamos falando em contar uma história. No caso de processos judiciais essa história é a vida de personagens da sociedade. Em se tratando de processos administrativos, essa história é a nossa história", concluiu Edvânia.
Para finalizar a apresentação, a historiadora Marcília Gama falou sobre o Projeto de "Preservação do Acervo Imagético do TRT de Pernambuco" que firmou uma parceria com a UFPE para realizar a conservação preventiva de documentos fotográficos da Justiça do Trabalho. Os acadêmicos são capacitados para manusear as fotos, aprendem a fazer o acondicionamento correto do material e a diminuir os fatores de deteriorização mais comuns e a organizar o acervo fotográfico.

Fonte: NCOM TRT/MS.
 

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