A campanha “Neste Natal quero doar material escolar” ultrapassou as portas do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (Maranhão). Organizada pela servidora Telma Maria Matos Brito Filha, lotada na 1ª Vara do Trabalho de São Luís, a campanha sensibilizou um grupo de estudantes de São Luís e resultou na doação de 95 kits de material escolar para a Biblioteca Comunitária Vale Ler, Ana e Joaquim. A campanha recebeu o apoio do TRT-MA.
Com a adesão fora do Tribunal, a campanha atingiu a meta estabelecida para 2019. Mais que números, a maior conquista foi a sensibilização de magistrados, servidores e do grupo de alunos de uma escola particular de São Luís. Integram o grupo Marcela de Castro Moreira, Beatriz Maria Rodrigues, Clara Cunha e Maria Clara Farah. Participaram ainda Maria Luiza, Milena Barros e Vinicius Macedo. São alunas do 2º ano do Ensino Médio. 
Marcela Moreira foi uma das participantes. Junto com os colegas da escola, decidiram apoiar um projeto e acabaram descobrindo a história da Biblioteca da Comunitária Vale Ler, Ana e Joaquim. "Esse ano eu queria muito fazer uma doação, principalmente para crianças". Tudo começou em casa conversando com a mãe, que é a servidora do TRT Suzana Regina Pontes de Castro Moreira e lembrou do projeto desenvolvido pela colega de trabalho Telma Maria. “Eu queria doar material escolar porque é algo que incentiva a educação das crianças e a formação de pessoas. Eu achei muito interessante o projeto porque visa uma comunidade menos favorecida e tem pessoas que realmente precisam e necessitam de coisas e, como nosso patamar social permite condições de termos, graças a Deus, uma educação eficiente, não há motivos para não ajudar”, explicou. 
Outra participante, Beatriz Rodrigues, acredita que iniciativas como essa podem fazer toda a diferença na vida das pessoas que vão receber os kits de material escolar. “Com certeza. A gente tem tanta coisa, mas tem gente que não tem um material para levar para a escola, para estudar. Se todo mundo fizer a sua parte, faz toda a diferença”, disse.
Clara Cunha explica que o grupo começou conversando com as pessoas, postando nos grupos e disse que a receptividade foi boa. “Eu me sinto muito feliz porque sempre é bom você ajudar, especialmente na época do final do ano. Fico feliz de ver as crianças felizes por receberem o material escolar
Maria Clara Farah falou da importância do projeto. “Esse projeto é importante para mostrar para outras pessoas que existem pessoas que se importam com os outros e que, às vezes, pensam que um lápis, uma caneta, uma borracha não vai ajudar uma pessoa, mas às vezes ajuda muito porque são pessoas que não têm”, incentivou.
PROJETO
Em março do ano que vem, o projeto completará três anos. “É uma entidade voltada para despertar a leitura numa comunidade carente, onde as escolas públicas precisam melhorar a qualidade de ensino e a gente vai complementar, vai auxiliar o tempo livre dessas crianças e fomos buscar a leitura para incentivá-los”, disse Telma. Ela considera que o objetivo vem sendo alcançado. “Só chegarem sozinhos na biblioteca porque não tem registro de presença, não tem nota, e eles estão sempre lá, sozinhos ou em grupos. Às vezes chegam de surpresa. Só ir à biblioteca já é uma conquista”, complementou.
A Vila Maranhão foi escolhida por conta das lembranças da infância. Quando criança, Telma ia para a Vila Maranhão passar os finais de semana na casa da avó, que morava na Vila Maranhão. Além de Telma, tem outras pessoas da família envolvidas.
BRINQUEDOTECA 
A Biblioteca Comunitária Vale Ler, Ana e Joaquim também possui uma brinquedoteca e qualquer pessoa pode doar, além de livros, brinquedos novos e usados para atividades lúdicas que incluem bambolês, cones, cordas, traves pequenas, sacos de estopa ou de pano, bolas de isopor, bolas pequenas e grandes, bolinhas de gude, cabos de vassoura ou bastões, tampinhas de garrafas, balões, papel de seda, barbantes, linhas, elásticos, entre outros.