“Câncer e outras doenças da próstata” foi o tema do 4º evento do Ciclo de Palestras do Serviço de Saúde do Tribunal Regional do Trabalho do Maranhão. A palestra, realizada nesta sexta-feira (21), na Sala de Treinamento do Tribunal, foi ministrada pelo médico do TRT-MA, Luis Carlos Pinho de Ribamar. A próstata é uma glândula do aparelho reprodutor masculino e tem como função produzir um líquido que contribui para a formação do sêmen. A próstata fica localizada abaixo da bexiga e envolve a uretra (canal por onde passa a urina e o sêmen). Segundo Luis Carlos, os principais sintomas ou sinais de doenças da próstata são a dificuldade para fazer a micção (urinar), sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, jato de urina fraco ou com interrupções, presença de sangue na urina ou no sêmen, dor na região genital durante a ejaculação, dor ou ardência ao urinar, dor na pelve, corrimento pela uretra e dor intensa e persistente no quadril, na coluna lombar ou na coxa. Ele explicou que os principais problemas que afetam a próstata são a hiperplasia prostática benigna, a prostatite e o câncer de próstata. A hiperplasia benigna é o crescimento exagerado da próstata e está relacionada com o processo de envelhecimento do homem, a partir dos 40 anos. A prostatite é uma inflamação aguda ou crônica causada por bactérias, fungos ou vírus. O câncer(doença maligna) de próstata é um dos mais comuns tipos de câncer, perdendo apenas para o câncer de pele em número de casos diagnosticados no sexo masculino no Brasil. O palestrante destacou que a avaliação da próstata inclui quatro procedimentos que permitem diferenciar a hiperplasia benigna do câncer de próstata, são eles: toque retal, medida de PSA (substância produzida na próstata e seus níveis aumentam no sangue quando a próstata está aumentada) no sangue, ultra-sonografia da próstata e biópsia da próstata. Luis Carlos afirmou que o câncer de próstata tem tratamento assim como as outras doenças que atingem essa glândula, mas alertou que os sintomas desse tipo de câncer só aparecem quando já está em estágio avançado, ao contrário da hiperplasia benigna, cujos sintomas são detectados mais facilmente. “Portanto, não se deve esperar que os sintomas apareçam para procurar um médico ou cuidar da próstata”, alertou. Ele disse que é importante haver um tratamento preventivo. “E se tiver histórico de câncer de próstata na família, os exames devem ser feitos com a maior brevidade. O câncer de próstata mata lentamente ”, reiterou o palestrante. Luis Carlos disse ainda que o risco de desenvolver câncer de próstata não é igual para todos os homens, mas ressaltou que o risco aumenta a partir dos 40 anos; quando há caso de câncer de próstata ou vários casos da doença na família; quando a alimentação é rica em carne vermelha e gordura; quando há manipulação de agrotóxicos e quando o homem tem baixa escolaridade. Com relação ao último item, o médico esclareceu que quanto menor o grau de instrução, menor a aceitação do homem para fazer o exame preventivo. Luis Carlos ressaltou que por causa do preconceito, os homens com baixo grau de escolaridade deixam para ir ao médico somente quando já estão com os sintomas, a doença está em estágio avançado e com menos chance de cura. Para ele, a prevenção é o melhor remédio. O acompanhamento com médico deve ser feito a partir dos 40 anos, ou antes disso, caso apareça algum sintoma sugestivo de problema na próstata. “É importante a ida regular ao urologista, que é o médico especializado no tratamento da glândula”, concluiu Luis Carlos. PRÓXIMA PALESTRA Na próxima sexta-feira (28), a palestra terá como tema “Violência Contra a Mulher, Uma Questão de Saúde Pública”. A palestra otimiza a participação do TRT-MA na campanha “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres”, que acontece em âmbito mundial no período de 25 de novembro a 10 de dezembro/2008, e que ganhou reforço no Brasil e estados da federação. Durante o evento, haverá distribuição de folder e divulgação do “Laço Branco”, uma campanha de caráter preventivo, feita por homens, que traz o slogan “homens no combate à violência contra a mulher”. Laço Branco pretende que os homens compreendam que promover a violência contra a mulher é violar os direitos humanos e que essa violência é uma questão de gênero: o gênero masculino querendo se sobrepor ao gênero feminino. A campanha busca tratamento aos agressores. O Ciclo de Palestras do Serviço de Saúde integra o Programa Mais Qualidade de Vida, um dos cinco eixos do Plano de Gestão para o biênio 2007/2008.