Curso de defesa pessoal na EJUD16 abriu Semana da Mulher no TRT-MA
A Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (EJUD16) deu início, na terça-feira (6/3), às atividades da Semana da Mulher no TRT-MA com a realização do 1º Curso de Defesa Pessoal para Magistradas e Servidoras, no Auditório Maria da Graça Jorge Martins.
A diretora da EJUD16, desembargadora Márcia Andrea Farias da Silva, fez a abertura do curso que reuniu mais de 20 mulheres, entre magistradas e servidoras.
A desembargadora deu as boas vindas às participantes e fez referência às lutas das mulheres e às conquistas sociais e políticas de gênero. Também citou dados da violência física divulgados pelo Datafolha, informando que em 2017, 503 mulheres foram vítimas de violência a cada hora no Brasil. Explicou que com base nessa realidade é que surgiu a primeira edição do curso de defesa pessoal realizado pela EJUD16.
Com o lema Transformando meu corpo em defesa, o curso tomou por base noções de proteção em situações de risco no cotidiano, conforme a metodologia Krav Magá, sendo ministrado pelos instrutores, Jodson Luís Diniz, 1º tenente do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão, e Fiamma Ellen Costa Damasceno. Houve também a participação do 1º tenente Carlos Glauber Silva também do Corpo de Bombeiros.
O tenente Jodson Luís enfatizou a importância da prevenção na defesa pessoal ao repassar dicas para escapar de situações de risco. Alterar itinerários e horários de compromissos, caminhar com atenção nas vias públicas, adotar visão panorâmica ao sair de casa ou do trabalho, entrar no carro estacionado e dar partida imediata são cuidados importantes que podem contribuir para diminuir a vulnerabilidade, informou.
As participantes também foram alertadas sobre segurança pessoal em caso de violência sexual com base em informações recolhidas em uma sondagem da Polícia Militar do Rio de Janeiro. De acordo com o tenente Jodson Luís, a PM teria identificado características da vítima preferencial do estuprador: mulheres de cabelo longo, que usam vestido, que circulam em horários de reduzida circulação como entre 5h e 8h30, por exemplo. Os estacionamentos e banheiros públicos foram citados como locais de abordagem das vítimas. Gritar a palavra "fogo" ao invés de "socorro" pode ajudar a atrair a atenção de quem estiver por perto da vítima e está na lista de recomendações que já circula nas redes sociais.
Após as informações, a equipe de instrutores aplicou prática de defesa do tipo pegadas nas mãos, simulação de abraços, puxões no cabelo, sufocamento, etc. Foram também repassadas breves informações sobre defesa e arma branca e arma de fogo.
Atualizada em 7/3/2018 às 11h34