EJUD16 encerra atividades de 2018 com apresentações artísticas de alunos participantes do Programa TRT na Escola
A Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (EJUD16) reuniu as escolas parceiras do Programa TRT na Escola/TJC na manhã da última sexta-feira (14), no Auditório Juiz Ari Rocha (prédio-sede do TRT), para a culminância geral e encerramento das atividades de 2018 do referido programa. A culminância reuniu magistrados, gestores, professores e alunos de seis das 8 escolas que participaram das ações deste ano. Das 6 escolas, 5 apresentaram trabalhos.
Na abertura do evento, a diretora da EJUD16, desembargadora Márcia Andrea Farias da Silva, confessou a felicidade em receber os participantes e disse que estava muito ansiosa para ver a produção dos alunos sobre os temas abordados durante as atividades do TRT na Escola/TJC. Márcia Andrea disse que das 8 escolas parceiras deste ano, apenas 6 completaram as atividades, e ressaltou que, pela primeira vez, teve uma escola do Município de Bacabeira. A desembargadora fez uma retrospectiva das ações desenvolvidas no decorrer do ano, destacando, por exemplo, a capacitação de professores; seguida da distribuição do material didático; trabalhos em sala de aula com os temas do programa; a visita de magistrados às escolas; as culminâncias nas escolas; visitas de alunos e professores ao Fórum Astolfo Serra, sede das Varas do Trabalho de São Luís, a fim de conhecerem as instalações e funcionamento da Justiça do Trabalho; e, por último, a culminância geral, quando os alunos apresentam os trabalhos produzidos.
O coordenador da EJUD16, juiz Paulo Fernando da Silva Santos Júnior, disse que visitou 4 das 5 escolas que estavam participando da culminância geral. Durante as visitas, os magistrados abordam temas como trabalho infantil, trabalho escravo, ingresso de jovens no mercado de trabalho, Lei de Aprendizagem e segurança no trabalho, e também respondem questionamentos de alunos sobre os temas apresentados. Ele explicou que conversou bastante com os alunos durante as visitas e que também estava ansioso para ver o que eles produziram.
A coordenadora local do Programa TRT na Escola/TJC, juíza Angelina Moreira de Sousa Costa, deu as boas-vindas às escolas participantes. “Estamos muito felizes em recebê-los. Também estou ansiosa para ver o que vai ser apresentado. Fico feliz com a capacidade de vocês nos surpreenderem. A gente pode mais uma vez constatar como esse trabalho é importante e é uma forma de nos motivar e recarregar as baterias para os próximos anos”. Angelina agradeceu aos gestores e professores que abraçaram a ideia.
Rosejane Pinto, secretária adjunta da Regionais de Educação, agradeceu a parceria que possibilita aos jovens e crianças participarem de atividades que podem contribuir para a transformação de cada ser em um novo indivíduo, que por sua vez pode mudar e transformar a sociedade. “Essa é a prova mais viva de todos nós que aqui estamos na educação de que é na escola que a gente realmente vai ter uma sociedade melhor, mais justa e daí o tamanho da responsabilidade de cada um de vocês para fazer nossa sociedade ser melhor e, é claro, a gente parabeniza todos os gestores das escolas, professores, porque sem vocês, com certeza, esses trabalhos com as entidades não aconteceriam”, afirmou.
O reitor do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA), Jhonatan Almada, agradeceu aos alunos do IEMA e das demais escolas estaduais e municipais, bem como aos professores e gestores engajados no programa. Também agradeceu à equipe do TRT pelo desenvolvimento do programa, que abriu espaço à participação dos estudantes. Jhonatan destacou a capacidade de as atividades do TRT na Escola/TJC de inspirarem um projeto de vida aos estudantes. “O IEMA agradece muito pela participação. Vamos facilitar a experiências para os estudantes se inspirarem mais ainda no trabalho de vocês. Parabéns. Essas iniciativas fazem a gente acreditar que o Brasil pode ser melhor”, concluiu.
O secretário executivo da EJUD16, Allan Carlos Marques, encerrou as manifestações em nome da EJUD16, também falando da felicidade com a presença de todos, ressaltando que estava ansioso pela participação de todos.
Apresentações - os temas trabalho infantil e trabalho escravos foram o foco das produções dos estudantes. Peças teatrais, jogral, esquete, poema, cordel, embolada, rap e hip hop retrataram os temas e emocionaram plateia.
UEB Pedro Marcosini Betol - a primeira escola a se apresentar foi a Unidade de Ensino Básico (UEB) Pedro Marcosini Bertol, localizada no bairro do Jaracaty. Alunos do 2º ano iniciaram as apresentações com uma peça sobre o trabalho infantil. Em seguida, alunos do 5º ano apresentaram a esquete “Onde está Paola?”. A esquete contou a estória de uma menina de 8 anos submetida ao trabalho infantil pela própria mãe. Paola ficava responsável por todo o trabalho doméstico da casa, sem direito a brincar e a lazer. Os alunos tiveram o suporte e apoio das professoras Lêda Santos e Eva Emanuelle e da coordenadora pedagógica da UEB, Solange Oliveira.
UEB Rosália Freire - a escola também abordou o trabalho infantil. Orientados pela professora Ana Ruth Pinto Aranha, e a coordenadora pedagógica da UEB Rosália Freire, Kênia Santos Marino, alunos do 5º ano apresentaram jogral e poema, além de perguntas e respostas sobre o tema. A UEB Rosália Freire localiza-se no bairro Anjo da Guarda.
CE Vinícius de Moraes - a escola estadual Centro de Ensino Vinícius de Moraes foi a terceira unidade a mostrar seus trabalhos. Uma embolada e um rap sobre trabalho infantil foram apresentados pelos alunos do 1º ano do ensino médio, que tiveram ao suporte da professora Rejane Galeno. A escola também foi representada pela professora Ana Gabriela Queiroga Silva de Andrade. O CE Vinícius de Moraes localiza-se no Jardim Eldorado, no bairro Turu.
IEMA Bacabeira - Alunos do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA) de Bacabeira, orientados pelo professor Ênio Silva apresentaram duas peças teatrais. A primeira foi “Admirável Gado Novo”, apresentada pelos alunos do 1º ano do Serviço Jurídico, com foco no trabalho infantil e trabalho escravo. Os alunos começaram e finalizaram a peça cantando a música “Admirável Gado Novo” composta pelo músico, cantor e compositor Zé Ramalho no final dos 70 anos, em que ele fazia uma crítica social ao que estava ocorrendo no Brasil naquele período, bem como sobre a alienação das massas. A segunda peça “Infância Perdida” baseou-se numa experiência real relacionada ao trabalho infantil. A peça foi apresentada por alunos do 1º e 2ºanos integrantes da Comissão TRT na Escola.
IEMA São José de Ribamar - as apresentações foram encerradas a produção dos alunos do IEMA de São José de Ribamar, sob a orientação dos professores Diego Sena e Elizabeth Abreu Santana. Pra começar, foi apresentado o vídeo “Vida Maria”, produzido pelo Estado do Ceará, que mostra a estória de uma mãe que foi oprimida pela mãe, que não a deixou estudar, e que repetiu a opressão com própria filha. Trata-se de um alerta, conforme o professor Diego alertou, uma vez que muitos jovens e adolescentes são privados de educação porque precisam ajudar os pais. Diego também falou que os alunos envolvidos na apresentação fazem uma disciplina eletiva referente a questões sociais, a partir do trabalho do Programa TRT na Escola. Eles trabalharam os temas com produção de hip hop, rima, grafite, MC e break, para a adaptação de “Vida Maria” no TRT.
Placas e diplomas - na sequência, foram feitas as entregas de placas de homenagem e diplomas aos professores e gestores das unidades escolares.
TRT na Escola - desenvolvido em parceria com o Programa TJC (Trabalho, Justiça e Cidadania) da Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho (ANAMATRA), Associação dos Magistrados do Trabalho da 16ª Região (AMATRA XVI) e Ministério Público do Trabalho (MPT), o Programa TRT na Escola foi iniciado em 2012. Entre os objetivos do Programa, estão o fomento de debates sobre o trabalho escravo, o trabalho infantil e trabalho seguro, bem como a disseminação de informações sobre direitos trabalhistas, com noções básicas de Direito do Trabalho.