Ejud16 encerra as atividades do Programa TRT na Escola 2022 

sexta-feira, 9 de Dezembro de 2022 - 11:12
Redator (a)
Ana Karolina Brito
Revisor (a)
Suely Cavalcante
Juiz Sergei Becker, coordenador da Ejud16, fez a abertura do evento
Estudantes, gestoras, gestores, professoras e professores de uma das escolas

A Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 16a Região (MA) realizou, na manhã de quarta-feira (7/12), a Culminância do Programa TRT na Escola, desenvolvido em parceria com a Associação dos Magistrados do Trabalho da 16ª Região (Amatra XVI), por meio do Programa Trabalho, Justiça e Cidadania. O encerramento ocorreu no auditório Juiz Ari Rocha e contou com a participação de estudantes, gestoras, gestores, professoras e professoras da rede estadual de ensino.
O coordenador da Ejud16 e juiz substituto da 2a Vara do Trabalho, Sergei Becker, deu início à cerimônia de encerramento agradecendo a presença de todos e expressando sua felicidade com o retorno das atividades do Programa que, devido as restrições sanitárias de prevenção à Covid-19, não foi realizado nos últimos dois anos. O juiz explicou brevemente o intuito do Programa, destacando os resultados obtidos este ano e as fases de execução do projeto. 
Ele ressaltou o apoio da Presidência do Tribunal, na pessoa do desembargador Carvalho Neto, o trabalho desempenhado pela desembargadora Márcia Andrea Farias da Silva, diretora da Ejud16, e louvou a parceria com a Amatra XVI, representada no evento pela juíza substituta da 6a Vara do Trabalho, Carolina Burlamaqui Carvalho. Por fim, citou envolvimento de estudantes e docentes, e o empenho das servidoras e servidores da Escola Judicial, do Centro de Memória e Cultura (Cemoc) do TRT, da Biblioteca e do Arquivo Geral na condução das atividades.
Após a abertura, a professora do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia Unidade Plena Rio Anil, Daniele Letícia Mendes Ferreira, falou sobre sua experiência participando do Programa, destacou o cuidado e a didática do TRT-MA em cada etapa de realização das atividades e com os materiais distribuídos. Segundo ela “foi um trabalho muito bem preparado. Realmente eu me impactei positivamente e acho que é um projeto que deve ter um alcance maior, que deve se perpetuar pela sua preocupação em não apenas ser mais um projeto, mas que realmente tem um alcance que se propõe.”
Contemplando a terceira e última etapa do Programa, os estudantes de cada escola participante apresentaram os projetos desenvolvidos ao longo do ano sobre temas relativos ao mundo do trabalho como trabalho infantil, trabalho escravo, direitos trabalhistas, e outros. 
A primeira escola a dar início as apresentações foi o IEMA Unidade Plena Gonçalves Dias, que encenou a peça “Uma breve consideração sobre a face dolorosa do trabalho no Maranhão”. Durante a apresentação os alunos citaram casos reais e dados sobre o assédio moral no ambiente de trabalho, trabalho infantil, racismo e discriminação no trabalho.
Na etapa inicial do TRT na Escola, a unidade recebeu a visita do juiz substituto da 5ª Vara do Trabalho de São Luís, Paulo Fernando da Silva para um momento de tira-dúvidas junto às alunas e alunos da instituição. Durante a segunda etapa do projeto, a juíza Márcia Suely Corrêa, substituta da 2a VT de São Luís, recepcionou os estudantes nas dependências da 2a VT na visita que fizeram ao Fórum Astolfo Serra.
Na sequência, as alunas e alunos do IEMA Unidade Plena Rio Anil falaram sobre trabalho escravo, citaram os direitos trabalhistas e deram destaque a história do advogado e abolicionista Luís Gama, além de trazer casos reais sobre as ocorrências envolvendo trabalho infantil no Maranhão. Os estudantes também exibiram um desenho denunciando a não garantia de direitos do trabalhador. Na primeira etapa do Programa, a escola recebeu a visita do juiz Carlos Eduardo Evangelista Batista dos Santos, titular da Vara do Trabalho de São João dos Patos, e durante a visitação ao Fórum Astolfo Serra, os estudantes foram recebidos pela juíza substituta da 5a VT de São Luís, Talia Barcelos Hortegal Braga. 
As alunas e alunos do Centro de Ensino Lúcia Chaves apresentaram três produções artísticas desenvolvidas sobre a temática do trabalho escravo. Na primeira, os estudantes falaram sobre o “Ciclo da Escravidão Moderna: O impacto de nossos olhos”, através de fotos produzidas pelos próprios discentes na segunda mostraram um jogo de tabuleiro confeccionado por eles e intitulado: “Os dois lados da escravidão” e, por fim, cantaram a composição “Ninguém pertence a ninguém”, de sua própria autoria. Os estudantes receberam a visita da juíza Carolina Burlamaqui Carvalho, para um momento de esclarecimentos e tira-dúvidas na escola e foram recepcionados pela magistrada na visita que fizeram ao Fórum Astolfo Serra.
Em seguida, as alunas e alunos do IEMA Unidade Plena de Bacabeira assumiram o palco e encenaram a música “Sementes” do cantor Emicida, retratando a problemática do trabalho infantil e suas consequências. A unidade recebeu a visita da juíza substituta da 3a VT Angelina Moreira de Sousa Costa durante a primeira fase do Programa e na visitação ao FAS foram recebidos pela juíza Carolina Burlamaqui Carvalho. 
O último grupo a se apresentar foi o composto por estudantes do IEMA Unidade Plena Itaqui Bacanga, que realizaram o Sarau “A invenção da infância”, declamando poesias sobre a temática do trabalho infantil e do trabalho escravo. Durante a execução do TRT na Escola, a escola recebeu a visita do juiz substituto da 7a VT de São Luís Inaldo André Terças Santos, e foi recebida no Fórum Astolfo Serra pela juíza substituta da 2ª VT de São Luís Márcia Suely Corrêa Moraes Bacelar. 
Ao final, os representantes de cada escola receberam uma placa em homenagem a participação no Programa, que foram entregues pelo coordenador da Escola Judicial, juiz Sergei Becker e pela juíza Carolina Burlamaqui Carvalho. 
A juíza Carolina Burlamaqui, encerrou a cerimônia, representando a Amatra XVI, agradecendo a todas e todos presentes e destacando a transformação que o Programa causa na vida dos envolvidos. 
TRT na Escola
O programa, que tem como público-alvo professoras, professores e estudantes de escolas das redes pública e privada, é realizado anualmente desde 2012, visando à fomentação, nas salas de aula, de debates sobre o trabalho escravo, trabalho infantil, direitos trabalhistas, segurança no trabalho, cidadania, entre outros assuntos.
Este ano, cerca de 120 estudantes de cinco escolas da rede estadual de ensino participaram da culminânica. As escolas participantes foram os Institutos Estaduais de Educação, Ciência e Tecnologia Unidade Plena Rio Anil, Unidade Plena Gonçalves Dias, Unidade Plena Itaqui Bacanga, Unidade Plena Bacabeira e o Centro de Ensino Lúcia Chaves.
O TRT na Escola é desenvolvido pela EJud16 em parceria com a Associação dos Magistrados do Trabalho da 16ª Região (Amatra XVI), por meio do Programa Trabalho, Justiça e Cidadania. O programa é composto por meio de várias ações, integrando o corpo funcional do TRT-MA, estudantes, professoras, professores, gestoras e gestores das escolas.
A Culminância é a terceira e última etapa do projeto. Na fase inicial, professoras, professores, gestoras e gestores receberam, durante um mês, capacitação composta de aulas disponibilizadas pela Escola Judicial na plataforma Google Classroom, com o objetivo de torná-los aptos para instruir os alunos acerca dos temas envolvendo o mundo do trabalho.
Após o treinamento, juízas e juízes do TRT-MA visitaram as escolas participantes do programa para falar sobre as temáticas abordadas e tirar as dúvidas dos alunos. Além da visitação às escolas, os estudantes foram convidados a conhecer as dependências do Regional e acompanhar de perto o trabalho desenvolvido pela Justiça do Trabalho no Maranhão.
Segundo a Ejud16, 862 alunos participaram do Programa este ano, 39 professoras e professores da rede estadual de ensino foram capacitados e foram distribuídos1885 materiais com orientações didáticas sobre temas relacionados ao trabalho, incluindo Cartilhas do Trabalhador e a revista em quadrinhos da Turma da Mônica “Trabalho Infantil, nem de brincadeira!”. Desde 2012, o programa alcançou um total de 24.800 alunos  e 70 escolas.

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