Está em cartaz no Espaço de Arte do Fórum Astolfo Serra, desde a última segunda-feira (12), a exposição coletiva “Os Círculos Mágicos da Arte e da Vida”. A exposição reúne 15 telas ou mandalas, feitas com técnica mista, marchetaria, decoupàge, acrílico sobre tela e óleo sobre tela. Os trabalhos são de autoria de alunas do Programa de Ação Integrada ao Aposentado-PAI. A exposição pode ser visitada até o dia 03 de agosto deste ano, de segunda a sexta-feira, das 9h às 11h30, e das 12h30 às 15h, no Espaço de Arte do FAS, localizado na Avenida Senador Vitorino Freire, S/N, próximo à sede do Tribunal Regional Eleitoral. Ao conceber a exposição, as alunas optaram por pintar mandalas. Como explica a curadora da exposição e arte-educadora do PAI, Teresa Rego, os mandalas são imagens circulares usadas há milênios por povos orientais para expressar, por meio de um desenho, a experiência humana de contato com a energia divina. A palavra mandala vem do sânscrito e significa “círculo mágico”. Entre os povos orientais, atribui-se aos mandalas a característica de representar graficamente o ritmo, o movimento e a harmonia que regem todo o Universo, inclusive a natureza e o próprio ser humano. Teresa Rego explica também que, em sua estrutura, um mandala é basicamente um círculo e é formado por um centro, pela radiação que emana desse centro e pela sua periferia. De uma simplicidade quase infantil, essa estrutura comporta trabalhos artísticos altamente complexos e permite, em sua análise, a comparação com muitas outras estruturas. “Nos mandalas estão expressas as relações entre o homem e o cosmo, entre a busca de conquistas materiais e a energia espiritual que está por trás delas”, disse. Ao falar sobre a exposição a curadora ressalta que, além de muito bonitos, os mandalas expostos têm função prática: fazer com que o expectador, ao contemplá-los, olhe para dentro de si mesmo, praticando, assim, a meditação. Teresa incentiva a visitação à exposição e destaca que quem for conferi-la, receberá orientação para iniciar a meditação com mandalas. Mais informações sobre mandalas Teresa Rego informa que o primeiro mandala que chamou a atenção da humanidade foi o sol. Todas as culturas, através da história, possuíam círculos mandálicos, sempre ricos em significado, na arquitetura de seus templos, nos tótens e objetos, idolatrados na forma de seus rituais ou nas danças e lugares sagrados. Para os hindus, um mandala é a recuperação da mente humana equilibrada. Meditar corretamente olhando para um mandala pode reordenar os processos mentais, trazendo paz e solução para os conflitos, uma porta para manter contato com aspectos desconhecidos de nós mesmos com a energia espiritual que está conosco e com todos os seres em que pulsa a vida. Nos ninhos dos pássaros, nas flores, nos frutos, como em muitas formas da natureza podemos observar belos mandalas. É comum entre os estudiosos dos mandalas de todo o mundo fazer o seu próprio mandala. O que importa é a relação quase hipnótica que ele nos causa. Diz a tradição oriental que o centro dos mandalas representa a força espiritual misteriosa, origem e essência de tudo, de onde brota a energia que irradia em direção à periferia do círculo e para onde ela depois se recolhe. Introduzidos na cultura ocidental por Carl Gustav Jung, em laboratórios psico-analíticos, os mandalas são grandes imagens inconscientes que conduzem o homem ao seu universo interior, o si-mesmo, com a redescoberta de seus infinitos potenciais íntimos. As Artistas As artistas Amélia Pires, Fátima Viégas, Francinilde Frazão, Francisca Oliveira, Lindalva Passos, Loide Cunha, Lourença Lavra, Maria José da Luz, Marilva Pereira, Nígima Ribeiro, Remédio Beleza, Rosilene Leite, Socorro Santos e Victória Bouty são aposentadas que frequentam as oficinas de artes do PAI, já tendo participado de diversas exposições individuais e coletivas. O Programa é desenvolvido pela Secretaria de Administração e Previdência Social-SEAPS do Governo do Estado do Maranhão.