Fórum Trabalhista de Imperatriz recebe nome do juiz Manuel Alfredo Martins e Rocha
O Fórum Trabalhista de Imperatriz, inaugurado nesta sexta-feira (09), pela manhã, recebeu o nome do ex-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (MA), Manuel Alfredo Martins e Rocha (in memoriam). A solenidade contou com a presença dos familiares do homenageado.
Manuel Alfredo Martins e Rocha foi o juiz instalador da primeira VT de Imperatriz, em 1987. Nascido em Bertolinea (Piauí), em 1930, iniciou a carreira como juiz de Direito, tendo ingressado no TRT do Ceará em 1973. Fez a opção pelo TRT do Maranhão quando do desmembramento e integrou a primeira Corte, em 1989. Foi o quarto presidente do TRT-MA (biênio 1995/1996) e no período de 1993 a 1995 foi vice-presidente e corregedor do Tribunal. A criação do Fórum de Imperatriz consta da Resolução nº 222/2011.
A viúva Maria Primavera Martins e Rocha e os filhos do homenageado, Manuel Alfredo Filho, Noélia Cavalcanti Rocha, Stael Martins de Araújo e Tânia Rocha Alvarez, participaram da solenidade de inauguração do Fórum. Emocionada a juíza titular da 5ª Vara do Trabalho de São Luís, Noélia Cavalcanti, falou sobre a emoção de sua família com a homenagem. “Este momento me traz à memória a figura viva de meu querido pai, já falecido, um magistrado atuante e que tanto acreditava no desenvolvimento progressivo da prestação jurisdicional à sociedade através da Justiça do Trabalho”, disse.
Em seu discurso, a presidente do TRT-MA, desembargadora Márcia Andrea Farias da Silva, destacou que o Fórum de Imperatriz recebeu o nome do juiz Manuel Alfredo Martins e Rocha como “uma justa homenagem a este homem que dedicou 31 anos de sua vida à magistratura trabalhista. Que todos, magistrados e servidores de nossa instituição, possam buscar inspiração no exemplo deste juiz”, ressaltou.
A desembargadora falou sobre a atuação do juiz Manuel Alfredo Martins e citou uma frase sempre dita por ele, no exercício da magistratura, que, segundo a presidente do TRT-MA, define o pensamento do juiz-poeta, de gestos simples e visão futurista: “o juiz é um ser humano que pode se apaixonar pela causa. O juiz-estado é também juiz cidadão. Ele não é um robô, para se deter apenas à lei. Tem que ter sentimento. Interpretar uma causa é usar o cérebro e o coração”. A desembargadora completa: “Ele tinha razão. A cada ano, nos convencemos mais de que precisamos humanizar a Justiça”.
A juíza Fernanda Franklin da Costa Ramos Belfort, titular da 1ª Vara do Trabalho de Imperatriz, assumirá a administração do Fórum Trabalhista. “Manuel Alfredo Martins e Rocha é merecedor de todas as honrarias e de todos os encômios. Não foi somente magistrado. Foi poeta e contista”, disse. Na bibliografia dele consta, dentre outras obras, “Migalhas de Estro”, poemas. Participou da “Antologia de Sonetos Piauienses (1972), de Félix Aires; e da coletânea “Caminheiros da Sensibilidade” (1996), organizada por J. Miguel de Matos.