A juíza titular da Vara do Trabalho de Barreirinhas, Liliana Boueres, vice-coordenadora da Comissão de Combate ao Tráfico de Pessoas e Erradicação do Trabalho Escravo e da Comissão de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem, esteve na semana passada no Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema) -  Unidade Plena Sousândrade, em São Luís, para ministrar uma palestra aos estudantes do curso técnico de Informática sobre tráfico de pessoas e trabalho escravo, com ênfase especial na ciberescravidão.

O encontro promoveu um momento de diálogo e conscientização, abordando riscos, formas de prevenção e o papel da sociedade na proteção de adolescentes e jovens diante das novas modalidades de exploração.
Durante a apresentação, a magistrada destacou a necessidade de preparar estudantes que ingressarão em breve no mercado de trabalho: “A palestra foi muito proveitosa, esse alerta é muito importante e eles ficaram muito atentos. Também conversamos sobre o trabalho no garimpo, na construção civil e na indústria da moda em São Paulo. Tudo isso para que fiquem atentos a falsas promessas de emprego e não caiam na armadilha do trabalho análogo ao escravo”, afirmou a juíza.

Dayane Lima, professora de História e Coordenadora do Núcleo de Educação Antiracista e em Direitos Humanos (NEADH) do Iema, ressaltou o impacto da atividade para a formação crítica dos estudantes. “É um momento em que eles têm acesso à informação por meio de uma profissional que atua diretamente no combate ao trabalho análogo à escravidão, tráfico humano e trabalho infantil. A palestra possibilitou um maior contato com o tema, assim como tirar dúvidas.”

Além da palestra, a juíza participou da gravação de um episódio do Libertacast, podcast educativo desenvolvido em parceria com o Núcleo de Educação Antirracista e em Direitos Humanos e a ONG Repórter Brasil. O programa reúne profissionais que atuam diretamente no combate e prevenção ao trabalho análogo à escravidão, ampliando o alcance das ações de conscientização e educação em direitos humanos.

A servidora Edvânia Kátia, chefe do Setor de Biblioteca e Gestão Documental também participou da ação acompanhando a juíza do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (Maranhão).