Luiz Felipe Pondé fala sobre mudanças sociais na abertura do Ano Letivo da Ejud16

segunda-feira, 13 de Março de 2023 - 16:38
Redator (a)
Ana Karolina Brito
Revisor (a)
Gisélia Castro
Da esquerda para a direita: desembargadores José Evandro, Luiz Cosmo, Luiz Felipe Pondé, desembargadora Márcia Andrea e desembargador Carvalho Neto.
Pessoas sentadas na plateia de auditório.

A Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 16a Região (Ejud16 ) deu início ao ano letivo de 2023, na manhã desta segunda-feira (13/3), no auditório Juiz Ari Rocha, com a palestra do filósofo e escritor Luiz Felipe Pondé “Desafios das Mudanças no Início de um Novo Ano”. 
Na abertura da solenidade, a diretora da Ejud16, desembargadora Márcia Andrea Farias da Silva, saudou os presentes e compartilhou a imensa alegria de iniciar o segundo ano à frente da Escola Judicial que, segundo ela, cumpre com excelência a sua missão de formar e capacitar o corpo funcional do TRT-MA. 
O evento teve a presença do público interno e externo do Tribunal, além de representantes de outras instituições. Participaram da solenidade de abertura o presidente do TRT-MA, desembargador Carvalho Neto, os desembargadores José Evandro de Souza, ouvidor do TRT-MA, Luiz Cosmo da Silva Júnior e James Magno Araújo Farias. Entre as autoridades, Luciano Aragão Santos, procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho (MPT-MA), Joanna D’Arck Sanches da Silva Ribeiro, juíza substituta da 1ª Vara do Trabalho de São Luís e representante da Amatra XVI, Elainne Barros, defensora pública e diretora da Escola Superior da Defensoria Pública do Maranhão e Luís Cláudio Frazão, representante da OAB-Ma, além de magistradas e magistrados, servidoras e servidores e estudantes. 

Ações da Ejud16

A desembargadora Márcia Andrea ressaltou o compromisso da Ejud16 na elaboração das atividades formativas apresentadas no Plano Anual de Capacitação, sempre dando atenção a temas relacionados a questões de gênero, minorias e saúde mental. Ela ainda destacou a importância de algumas ações da Ejud16 em 2022 como a Semana de Servidores, a Semana de Formação de Magistrados e o Programa TRT na Escola. 
Ao final de sua fala, a desembargadora manifestou sua gratidão pelo apoio do presidente do TRT-MA, dos setores envolvidos nas ações da Ejud16 e pelo trabalho de toda equipe da Escola Judicial, sobretudo do juiz Sergei Becker, coordenador da Ejud16 e juiz substituto da 2ª VT de São Luís. “O sucesso depende do engajamento de todos”, finalizou ela. 
A palestra teve um público expressivo e contou com intérprete de Libras, recurso de acessibilidade comunicacional que faz parte das ações de inclusão de pessoas com deficiência nos eventos institucionais do TRT16.

Desafios e mudanças no século 21

Com base no pensamento do escritor americano Michael Lind, que propõe uma nova luta de classe como marca da contemporaneidade, Pondé foi taxativo ao destacar que o século 21 tende a ser mais contencioso. 
Disse que há uma tendência de crescimento da judicialização das questões sociais, o que mostra o poder de decisão e de força do Poder Judiciário. Por outro lado, destacou que a população vem colocando na vitrine a autonomia e a credibilidade da magistratura, fenômeno que ganhou uma dimensão de luta nas redes sociais. 
Explicou que com as redes sociais as pessoas alcançaram uma visibilidade com potencialidade para erodir o caráter institucional, ao se referir ao poder de crítica e de contestação que tem se consolidado como marca das relações sociais na atualidade. “As redes têm vocação para ampliar o debate”, afirmou ao ressaltar as crescentes divergências presentes no cenário das mídias sociais.
Criticar o Poder Judiciário nas redes sociais, de acordo com o filósofo, seria um reflexo da nova luta de classe, ao definir a magistratura como elite pelo poder de organizar o mundo, pela alta formação educacional, por deter os meios de produção de significados e valores. Nesse sentido, argumentou que quanto mais visibilidade e posicionamento político mais suscetível a ataques estará o Poder Judiciário.

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