Na última quinta-feira, 19/10, servidoras, terceirizadas e estagiárias do Tribunal Regional do Trabalho da 16a Região (MA) estiveram reunidas para um momento de conversa e esclarecimentos acerca do câncer de mama, o tipo de tumor que mais mata mulheres no Brasil, segundo levantamento feito pela startup Azos Seguros e divulgado pelo site Newslab. O momento ocorreu no 1° andar do prédio-sede do TRT-16, local onde funcionava o antigo restaurante, e foi conduzido pela médica mastologista Raquel Aranha Viegas. 
Durante a programação, a médica prestou diversos esclarecimentos sobre a doença, desmistificando mitos e reafirmando verdades, além de apresentar os fatores de risco, os sinais de alerta e o tratamento correto da doença. 
Logo no início, a palestrante explicou a anatomia da mama e como o câncer se manifesta. Ela esclareceu ainda a diferença da mutação adquirida para a herdada. Segundo Raquel Aranha, o câncer hereditário, apesar de ser alvo de muita preocupação da maioria das mulheres, corresponde a apenas de 5% a 10% dos casos da doença. Na maioria das vezes, o câncer é adquirido a partir de uma mutação genética, quando a célula passa a receber instruções erradas para as suas atividades.  
A importância de descobrir a doença logo nas fases iniciais também foi um ponto de destaque na conversa, dando ênfase no autoexame como forma de evitar que o câncer evolua. “Diagnóstico salva vidas”, afirma ela, esclarecendo ainda que o procedimento não substitui a mamografia, que é um exame mais detalhado, capaz de identificar lesões nos estágios iniciais. 
Ainda sobre o autoexame, a médica explicou que ele não previne o câncer, mas ajuda a identificar. Segundo ela, o que previne é o estilo de vida. Fatores como a prática de atividade física, alimentação saudável, controle do peso e redução no consumo de álcool e tabaco, melhoram a qualidade de vida e ajudam na prevenção da doença. 
Durante a momento, as servidoras do TRT-16 também puderam participar fazendo perguntas e contando depoimentos pessoais, foi o caso da bibliotecária Raimunda Nonata Teixeira, lotada no Setor de Biblioteca e Gestão Documental, que falou sobre sua jornada de luta contra a doença e emocionou os presentes. Ela contou sobre as dificuldades enfrentadas ao lidar com os efeitos colaterais do tratamento e ressaltou que o apoio recebido tem ajudado a superar os desafios. “Já faz 3 anos. Estou vivendo um dia de cada vez. Hoje eu tento encarar com leveza”, afirma ela. 
Além da palestra, durante a programação também foi ofertado serviço de massagem para as participantes. As ações foram promovidas pelo Setor de Saúde do Tribunal, em parceria com a rede de plano de saúde Geap.
Outubro Rosa
Segundo informações do Instituto Nacional de Câncer (INCA) divulgadas no portal do Ministério da Saúde, o movimento internacional para a detecção precoce do câncer de mama existe desde o início da década de 1990, quando o laço cor-de-rosa, símbolo da prevenção ao câncer de mama, foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York (EUA) e, desde então, promovida todos os anos. 
Tanto no Brasil quanto no exterior, a campanha do Outubro Rosa busca compartilhar informações e conscientizar a sociedade sobre o câncer de mama, a fim de contribuir para a redução da incidência e da mortalidade pela doença. 
Ainda conforme os dados do INCA, o câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos. Para o Brasil, foram estimados 73.610 casos novos de câncer de mama em 2023, o que representa um risco estimado de 66,54 casos a cada 100 mil mulheres.
Acesse as informações da campanha Outubro Rosa.