Palestra e Oficina de Trabalho abordam técnicas de planejamento em educação corporativa
A professora e doutora em Educação pela Pontfícia Universidade Católica (PUC/SP), Acacia Zeneida Kuenzer, proferiu a Palestra “Técnicas de Planejamento em Educação Corporativa” e conduziu Oficina de Trabalho, na 52ª Assembleia Ordinária e Reunião de Trabalho do Conselho Nacional das Escolas de Magistratura de Trabalho (Conematra). O Evento foi realizado quinta-feira (16/03) no Hotel Luzeiros, em São Luís – MA, e reuniu magistrados e assessores dos Tribunais Regionais do Trabalho de todo o Brasil.
Planejamento - Várias razões para o planejamento das Escolas Judiciais, no que se refere à educação corporativa, foram citadas pela professora. Dentre elas, o cumprimento do planejamento estratégico da unidade, a promoção da integração sistêmica e a organização dos meios necessários para o funcionamento das Escolas. Assim, o planejamento é “fundamental para que se possam oferecer respostas para a sociedade”. “É necessário superar a fragmentação existente no planejamento”, afirmou.
Para a elaboração de um bom planejamento, é necessário, segundo a professora, vencer alguns desafios. O primeiro deles é se comprometer com a missão, a visão e as metas da Justiça do Trabalho. Em seguida, professora afirmou que é preciso superar a fragmentação existente na educação corporativa, que deve obedecer a um planejamento consistente, de modo a partir das competências pare exercer de melhor forma a prática jurisdicional.
Também, é necessário adotar formas de aulas que envolvam ativamente os participantes, recusando as aulas meramente expositivas. Outros desafios enumerados foram qualificar os docentes e desenvolver as propostas de EaD (Educação a Distância), evitando a descontinuidade de projetos.
Feito o diagnóstico, segue-se uma questão mais pragmática. O planejamento, conforme Acacia Kuenzer, começa com a avaliação do plano anual anterior. Depois, segue-se a identificação das necessidades, a partir das novas tecnologias no processo do trabalho. Na sequência, a elaboração do plano das atividades, como seminários, cursos, oficinas ou debates.
Depois está o acompanhamento e avaliação, com a tomada de ações para eventuais correções de rumo. Em tese, esse é o ciclo de planejamento, que foi adaptado para as Escolas Judiciais.
Estratégia – Um bom processo de planejamento está articulado com a estratégia do tribunal. Nessa etapa, também é aconselhável saber os objetivos de entidades como o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e as competências priorizadas pela Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho). A gestão de processos também influencia positivamente às lacunas na identificação das necessidades.
Para dar respostas efetivas à sociedade, o planejamento, integrado à estratégia do tribunal, pode ser um fator de melhoria nesse sentido. “Um bom processo de planejamento é fundamental para o atual momento da Justiça do Trabalho. Para isso, as Escolas Judiciais devem ter consciência do papel relevante que desempenham”, afirmou Acacia Kuenzer.
Continuação das atividade – Depois de responder perguntas da plateia, Acacia Kuenzer dividiu os magistrados em pequenos grupos de seis pessoas. Em seguida, foram convidados a desempenharem, através de debates, uma atividade de planejamento, correlacionando com a realidade vivenciada.