Pesquisa identifica nível de estresse de magistrados e servidores do TRT-MA

segunda-feira, 26 de Fevereiro de 2007 - 13:59
Servidor do TRT participa de pesquisa sobre estresse
Você se considera uma pessoa estressada? Até que ponto isso interfere na sua vida profissional? Para identificar o nível de estresse de magistrados e servidores, o Serviço de Saúde do Tribunal Regional do Trabalho do Maranhão (TRT-MA) está aplicando uma pesquisa que aponta os fatores que levam ao estresse. Em seis meses haverá nova avaliação para verificar se houve mudança de hábitos entre os entrevistados e quais os resultados desse novo comportamento. A chefe do Serviço de Saúde, Adriana Ramos, disse que o objetivo é orientar os entrevistados a adquirirem hábitos saudáveis para reduzir o nível de estresse. Explicou que o TRT já desenvolve o Programa de Qualidade de Vida; que, entre outras atividades, oferece ginástica laboral e a massagem expressa, regularmente no Tribunal. A pesquisa, que ocorrerá também na quarta-feira (28), nos turnos da manhã e tarde, está sendo realizada ao lado do auditório Juiz Ary Rocha, no prédio sede do TRT, no bairro Areinha. Após responder ao questionário, o entrevistado também passa por uma sessão de massagem para relaxamento. O terapeuta ocupacional Bento Almeida Rocha Júnior disse que o estresse, imperceptível para muitas pessoas, pode levar a doenças graves como diabetes, hipertensão, doenças cardíacas e até depressão. Também causa problemas familiares, de relacionamento social e prejudica o rendimento no trabalho. Ele explicou que o combate ao estresse depende de mudanças no ambiente de trabalho e nos hábitos pessoais. Sintomas - Durante a pesquisa, o entrevistado responde a 26 perguntas, como: se tem dificuldade para adormecer e relaxar; crises de tontura; dores de cabeça e musculares; preocupação exagerada com a saúde; sensação de bolo no estômago, de estar perdendo o controle, entre outros sintomas. A pontuação para cada resposta vai de zero a quatro, e quem atingir um total superior a 30 é considerada uma pessoa estressada. No final da pesquisa, o terapeuta dá orientações sobre o que fazer para reduzir o estresse. Para o servidor Cléber Silva Pereira, considerando o estilo de vida de cada pessoa, a pesquisa e as orientações dos terapeutas podem ajudar a melhorar a produção no trabalho e a reduzir as faltas ao serviço, causadas por doenças relacionadas ao estresse. “O maior ganho é para a própria pessoa, pois nossa vida não se resume ao trabalho. Contribui principalmente para a melhoria da qualidade de vida pessoal. Essa pesquisa faz a pessoa refletir sobre o problema e a mudar seus hábitos”, acrescentou o servidor. Érika de Cássia Dias, funcionária de uma empresa que presta serviço ao TRT, fez logo cedo sua avaliação e identificou que está próxima ao nível de estresse e por isso precisa adotar algumas medidas para evitar o problema. “Meu maior problema é conseguir conciliar a jornada de trabalho de dois turnos com os afazeres domésticos. Acabo me estressando mais em casa. Acabo tendo uma jornada tripla, durmo pouco – menos de seis horas por dia – e também não faço atividade física. Aprendi que preciso estabelecer limites para minha vida pessoal”, contou a funcionária.
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