Presidente da Sociedade de Mastologia do Maranhão faz palestra sobre câncer de mama no TRT-MA

terça-feira, 3 de Novembro de 2015 - 15:02
Redator (a)
Suely Cavalcante
Gláucia Cordeiro defende diagnósitco precoce de câncer de mama

Tema da campanha "Outubro Rosa", o câncer de mama também integrou a programação da 3ª Semana do Servidor do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região. Ministrada pela presidente da Sociedade de Mastologia do Maranhão, médica Gláucia Mesquita Cordeiro, a palestra, realizada na tarde de quinta-feira (29), no Auditório Profª. Maria da Graça Jorge Martins, localizado no 1º andar do prédio-sede do Tribunal, encerrou as atividades da 3ª Semana do Servidor.

Na abertura, a mastologista exibiu o vídeo da campanha de combate ao câncer de mama deste ano, em que celebridades do meio artístico e esportivo falam sobre o tema, e se emocionam.
Gláucia disse que o câncer de mama é o que mais mata as mulheres. No Maranhão, em 2014, foram registrados 570 novos casos, dos quais 250 somente em São Luís. A mastologista disse que não tem como diminuir a incidência, mas com a realização do diagnóstico precoce podem ser evitadas mortes, tendo em vista que o câncer de mama é quase 100% curável, desde que diagnosticado precocemente. Ela também disse que há ocorrência de câncer de mama em homens, o equivalente a 1% dos casos.

Gláucia disse que o autoexame nas mamas é importante, porém é a mamografia que faz o diagnóstico precoce. "A mamografia é o único exame que vê o câncer em seu início", afirmou. Ela explicou que a realização do exame vem ajudando a reduzir a mortalidade por câncer de mama. "O diagnóstico precoce reduz o índice de mortalidade", acrescentou.

No autoexame, é importante a mulher ficar atenta a um nódulo apalpado que seja diferente de outros tecidos da mama. A mulher também precisa prestar atenção a certos sintomas, como por exemplo, endurecimento, rachadura e contração na pele; secreção no bico do peito; inchaço que não desaparece; entre outros.  

Entre os fatores de risco para o desenvolvimento desse tipo de câncer, além do fato de ser mulher, estão o histórico familiar de câncer, a mutação genética, primeira menstruação antes dos 12 anos e menopausa após 55 anos. Há, ainda, aqueles fatores que são considerados "modificáveis". Por exemplo, não ter filhos ou tê-los após 35 anos de idade; não amamentar, sedentarismo, obesidade, má alimentação, tabagismo e reposição hormonal.

Mamografia - a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que a mulher comece a fazer mamografia anualmente, a partir dos 40 anos de idade. No Maranhão, conforme Gláucia, o problema maior é a dificuldade para a realização do exame. "A grande maioria que depende do Sistema Único de Saúde (SUS) tem dificuldade de acesso. Em São Luís, a situação é melhor. No interior, é pior".

Outra dificuldade é o número de mastologistas no Estado. Do total de 17 médicos, 14 estão em São Luís e 3 em Imperatriz. Assim, pacientes que precisam de tratamento vêm para a capital ou vão para Imperatriz.

Como presidente da Sociedade de Mastologia no Estado, Gláucia afirmou que tem procurado desenvolver ações para melhorar o atendimento, focando, acima de tudo, em atividades visando ao diagnóstico precoce. Uma delas é a parceria com as Secretarias de Estado da Mulher e da Saúde voltada para a capacitação de agentes comunitários de saúde na capital e interior do estado.

Para a médica, falta informação sobre o câncer de mama, haja vista que é uma doença extremamente curável e tratável. Em geral, o tratamento é cirurgia, quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia. Ele ressaltou que quanto mais cedo for feito o diagnóstico, menos agressiva a mutilação.

Glaúcia ressaltou, ainda, que o apoio de familiares e amigos é muito importante para o paciente com câncer. "As histórias de sucesso têm muito o histórico de apoio familiar, amigos e parceiros", concluiu.

 

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