A presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-MA), desembargadora Ilka Esdra Silva Araújo, vem manifestar publicamente o seu sentimento de tristeza pelo falecimento de trabalhadores, especialmente os maranhenses, vítimas do desabamento de um prédio em construção na Zona Leste de São Paulo, ocorrido na terça-feira (27). Arrimos de família, os operários tinham deixado a terra natal em busca de um salário melhor com o qual pudessem manter suas famílias.

Os trabalhadores eram Marcelo de Sousa Rodrigues, 22 anos, de Barra do Corda; Leidiano Teixeira Barbosa, 27 anos, de Barra do Corda; Felipe Pereira dos Santos, 20 anos, de Imperatriz; Raimundo Barboza de Souza, 38 anos, de Imperatriz; Ocirlan Costa da Silva, 19 anos, de Mirador; Antônio Carlos Carneiro Muniz, 36 anos, de Grajaú; José Ribamar Soares do Nascimento, 26 anos, de Caxias; Antônio Wellington Teixeira da Silva, 20 anos, Joselândia; Claudemir Viana de Freitas, 28 anos, também maranhense.

Em nome da Justiça do Trabalho no Maranhão, a desembargadora patenteia solidariedade aos familiares, amigos e conterrâneos dos trabalhadores, neste momento de profunda consternação e fé cristã.

A presidente do TRT-MA enfatizou que a segurança no trabalho é prioridade da Justiça Trabalhista, lembrando que o Tribunal Superior do Trabalho e o Conselho Superior da Justiça do Trabalho criaram o Programa Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho, em  parceria com diversas instituições públicas e privadas, em prol da formulação e execução de projetos e ações nacionais a serviço da prevenção de acidentes de trabalho e do fortalecimento da Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho. Mas destaca que é preciso que toda a sociedade abrace a causa em favor de ambientes laborais saudáveis, para que se possa garantir a dignidade da pessoa humana e, em especial, a dignidade da classe operária.

"É necessário que os responsáveis por tamanha tragédia sejam punidos, para que não persistam acontecimentos catastróficos e funestos dessa natureza.  Os trabalhadores de todo o país, que são partícipes da construção do Brasil do futuro, merecem voltar para casa todos os dias  sãos e salvos”, acentuou a magistrada, observando que não são apenas as famílias dos operários que estão de luto, não são apenas os amigos e conterrâneos; também, de luto, o país cujos escombros continuarão sendo vistos, enquanto essas tragédias forem reincidentes.