A presidente do Tribunal Regional do Trabalho do Maranhão, desembargadora Kátia Magalhães Arruda, esteve no Senado Federal, na última quinta-feira (1), onde participou de uma reunião com os membros da recém-criada Subcomissão Temporária do Trabalho Escravo. A desembargadora foi convidada pelo presidente da Subcomissão, senador José Nery (PSOL-PA). Segundo Kátia Arruda, o senador está querendo conhecer melhor a realidade de todos os Estados onde há incidência de trabalho escravo, como é o caso do Maranhão, um dos maiores fornecedores de mão-de-obra escrava no país. José Nery se colocou à disposição para contribuir em atividades que visem o combate ao trabalho escravo. Na oportunidade, Kátia Arruda fez um breve relato da situação do trabalho escravo no Estado. A presidente sugeriu, na oportunidade, que seja desenvolvido um trabalho pedagógico no intuito de mostrar o quanto é humilhante a existência de trabalho análogo à condição de escravo. A presidente também fez referência às discrepâncias que existiam em Estados muitos ricos que utilizavam tecnologia avançada e outros com atividade rural mais preponderante, que exploravam a mão-de-obra no seu grau mais elevado. Kátia Arruda disse ainda que o senador José Nery pretende desenvolver atividades conjuntas com todos os órgãos (TRT, DRT, PRT, OAB, PF etc) que atuam na erradicação do trabalho escravo e sugeriu, para o futuro, a criação de um grupo institucional amplo para discutir o tema no Senado, bem como encaminhar propostas de combate ao trabalho escravo. Estavam também no Senado o corregedor do Tribunal Regional do Piauí, desembargador Manoel Edílson Cardoso, o presidente da Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho), José Nilton Pandelot e outros diretores da Associação.