Processo do trabalho tem que ser coletivizado, defende desembargador do TRT do Espírito Santo

quarta-feira, 18 de Agosto de 2010 - 19:57
Des. Bezerra Leite e o juiz Leonardo Ferreira (TRT-MA)
Desembargadores James Magno Araújo e Márcia Andrea Farias e o juiz Érico Cordeiro
"Temos que coletivizar o processo do trabalho”. A declaração é do desembargador Carlos Henrique Bezerra Leite, do Tribunal Regional do Trabalho do Espírito Santo (17ª Região), durante a conferência de encerramento do VII Congresso Internacional de Direito do Trabalho, nesta quarta-feira (18), no Centro de Convenções Gov. Pedro Neiva de Santana, em São Luís. Bezerra Leite defende que a Justiça do Trabalho deve prestigiar as ações civis coletivas como uma saída para atender a demanda crescente de processos trabalhistas. Ele considera, por exemplo, que o julgamento de uma ação coletiva exige muito mais do magistrado que uma ação individual. Para o desembargador, a Justiça do Trabalho deve acompanhar as mudanças na sociedade. “Em tempos de globalização é preciso implementar uma nova cultura de acesso à Justiça do Trabalho”, avalia. Bezerra Leite considera que o Judiciário Trabalhista tem um papel importante no trato das questões como as desigualdade sociais ao julgar as ações coletivas. Trabalhar com uma jurisdição justa, prestação de serviço público de qualidade, eficiência e celeridade são exigências atuais da sociedade em relação à Justiça do Trabalho, avalia o desembargador. Para isso, de acordo com ele, “é preciso uma nova mentalidade, pensar coletivo, o que vai exigir o envolvimento e a sensibilidade de magistrados e servidores”, disse. Bezerra Leite destacou, ainda, que o papel da Justiça do Trabalho deve estar em sintonia com valores relacionados à dignidade da pessoa humana, à percepção do cidadão-trabalhador, e ao valor social do trabalho e da livre iniciativa. Encerramento - o VII Congresso Internacional do Direito do Trabalho reuniu, entre os dias 16 e 18 deste mês, juízes, advogados, operadores e estudantes de Direito. Entre os participantes muitos de outros estados como Pernambuco, Piauí, Tocantins e Paraná, além de 11 conferencistas. Para a presidente do Tribunal Regional do Trabalho do Maranhão, desembargadora Márcia Andrea Farias, o Tribunal cumpriu mais uma vez o seu papel ao proporcionar debates atualizados e importantes no campo do direito do trabalho e direitos sociais. Márcia Andrea Farias encerrou o evento destacando que a Justiça do Trabalho do Maranhão é reconhecida pelos valores humanos que tem em seu quadro de pessoal e agradeceu ao envolvimento de magistrados e servidores na organização da sétima edição do congresso. Fotos: Francisco Sousa Por Gisélia Castro
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