O impacto da redução orçamentária para as Escolas Judiciais é o tema de discussão do primeiro dia da 49ª Assembleia Extraordinária e Reunião de Trabalho do Conselho Nacional das Escolas de Magistratura do Trabalho - Conematra, realizada hoje (9) e amanhã (10) no TRT da 24ª Região, em Campo Grande-MS.
Na abertura do evento, o Presidente do TRT-24, Desembargador Nery Sá e Silva de Azambuja, lembrou que nesta quinta-feira o Regional de Mato Grosso do Sul comemora 24 anos da publicação da lei que criou o TRT-24 e destacou a importância de discussões como a do Conematra, especialmente diante da crise financeira do país e da dificuldade do mercado de trabalho com mais de 11 milhões de desempregados. "Criar soluções urgentes e pragmáticas para mitigar esse cenário problema é agora o nosso grande desafio".
Diretores e assessores das Escolas Judiciais dos Tribunais Regionais do Trabalho de todo o país participaram hoje da Oficina de Trabalho "Gestão Orçamentária: adequação às mudanças e o impacto na integridade dos Projetos Pedagógicos", que foi coordenada pelo Desembargador do TRT-24, Amaury Rodrigues Pinto Júnior. Eles também assistiram à palestra da PhD em Filosofia, Dulce Magalhães, sobre excelência em tempos de mudanças.
O Presidente do Conematra criticou o corte orçamentário para a Justiça do Trabalho e disse que a redução gera impacto para as Escolas Judiciais no projeto pedagógico, na concessão de diárias e passagens aéreas e nas verbas para pagamento de palestrantes. "O objetivo dessa oficina especificamente que está sendo realizada hoje à tarde é de compartilharmos essas nossas angústias, essas nossas dificuldades e, ao mesmo tempo, dizer quais foram as maiores consequências em cada Escola e compartilhar também as soluções encontradas nesse momento de escassez", afirmou o Desembargador Brasilino Santos Ramos.
"É no Conematra que nós trocamos ideias, nós aperfeiçoamos projetos, nós conseguimos aperfeiçoar e captar boas práticas de Escolas com projetos inovadores que nós temos encaminhado para os órgãos competentes, como foi o caso daquela comissão que estabeleceu a quantidade mínima de servidores para compor cada Escola Judicial", enfatizou o diretor da EJTRT-24, des. Nicanor de Araújo Lima.
Amanhã, os diretores das Escolas Judiciais vão apresentar as conclusões da oficina e discutir as soluções encontradas para o gerenciamento do orçamento. Os assessores pedagógicos também vão participar de uma capacitação sobre o sistema informatizado de gerenciamento da Escola Judicial criado pela 24ª Região que poderá ser utilizado por todos os tribunais.

Texto e fotos: TRT24-MS.