Semanas de Conciliação e Execução no TRT-MA favorecem idosos e processos antigos

quinta-feira, 1 de Dezembro de 2011 - 15:37
Redator (a)
Wanda Cunha
O encarregado de obras, 74, Antônio Ferreira fez acordo hoje na 1ª VT de São Luís

Antônio Ferreira da Silva, encarregado de obras, 74 anos, fez acordo na 1ª Vara do Trabalho de São Luís nesta quinta-feira (01). “Com esse dinheiro, vou ajeitar minha casa e comprar remédio pra mim”, disse o reclamante, que desde que saiu da empresa, em 1999, ficou desempregado e sofre de hipertensão arterial. O acordo foi homologado pelo juiz João Henrique Gayoso e Almendra Neto, no quarto dia das semanas nacionais de Conciliação da Execução Trabalhista. O processo ajuizado em 1999 foi colocado na pauta de conciliação a pedido das partes. 

No Fórum Astolfo Serra, as seis Varas do Trabalho de São Luís mantêm a pauta de conciliação, e as partes podem comparecer a qualquer tempo para conciliar. A novidade da Semana da Conciliação deste ano é o acordo em processos antigos. A juíza titular da 1ª VT de São Luís, Juacema Aguiar Costa, observou que 80% dos processos colocados em pauta naquela vara trabalhista são antigos e se encontram em fase de execução, cerca de 295 em toda a semana. 

Para a juíza titular da 4ª VT de São Luís, Solange Cristina Passos de Castro Cordeiro, as semanas de Conciliação e da Execução têm favorecido acordos em processos antigos, muitos dos quais se encontravam parados na execução, sem perspectiva de pagamento e cujos reclamantes já não tinham esperança de receber seus créditos. “As empresas estão fazendo acordos em processos antigos e, o que é mais importante, em valores acima da média”, enfatizou a magistrada.

A juíza da 5ª VT de São Luís, Noélia Maria Cavalcanti Martins e Rocha, adiantou que, naquela Vara Trabalhista, as semanas de Conciliação e da Execução irão se estender até a próxima segunda-feira (05/12), quando a magistrada irá se deslocar até a Vila Luizão, às 14h para fazer, na casa de um exequente idoso e deficiente visual, uma audiência de conciliação. Segundo a magistrada, a reclamada também é idosa. “O papel social desempenhado pela Justiça do Trabalho tem sido de tal forma significativo que não basta que fiquemos na sala de audiência à espera das partes; é necessário que, quando possível, possamos ir até elas, em prol da solução dos conflitos e da paz social”, arrematou.

 

72 visualizações