Servidores do TRT aprendem a gerir suas finanças pessoais

quinta-feira, 28 de Abril de 2011 - 13:47
Redator (a)
Valquíria Santana
Servidores atentos para as orientações sobre o planejamento das finanças pessoais
“Geralmente as dívidas financeiras pessoais são resultantes de questões comportamentais. A maior dificuldade das pessoas é mudar hábitos de consumo”, afirmou o administrador, educador coorporativo e especialista em Finanças, Cláudio Raposo, nesta quinta-feira (28), na abertura do curso de gestão financeira pessoal para servidores Tribunal Regional do Trabalho do Maranhão e das Varas Trabalhistas, na sede do TRT, durante todo o dia de hoje. O curso, promovido pela Escola Judicial, procura levar os participantes a refletirem sobre suas necessidades de consumo e de investimento, análise do orçamento doméstico e patrimonial e oferece ferramentas para que façam o planejamento de suas finanças. O curso é uma atividade do Projeto Qualificar , projeto político-pedagógico da Escola, que condensa as ações para capacitação de magistrados e servidores para 2011. Estão inscritos 62 pessoas. Para Cláudio Raposo, que foi bancário por mais de 27 anos, como gerente do Setor Público, ter controle financeiro requer sacrifício e perseverança. “Não existe mágica ou fórmula para as pessoas sanearem suas finanças, pois cada pessoa tem uma realidade diferente. É preciso adequar seu consumo à sua realidade financeira”, garantiu. Ele destacou que 8% da população brasileira, conforme dados do IBGE de 2009, declaram falência porque não conseguem pagar os débitos. Segundo ele, 37% dos brasileiros estão endividados e muitos, para pagar dívidas, acabam se endividando ainda mais. Os participantes vão aprender durante o curso porque controlar as finanças pessoais, ter disciplina no uso do dinheiro, as funções da moeda, a subjetividade do dinheiro, diagnóstico financeiro, cortar despesas, fazer fundo de reserva e aprender a elaborar o planejamento financeiro doméstico, entre outras questões relacionadas às finanças pessoais. “Vamos aprender aqui a ter disciplina para nosso dinheiro não sair voando”, disse Cláudio Raposo, ao falar sobre as dificuldades que as pessoas têm de controlar o consumo e sobre as inúmeras facilidades que o mercado oferece, principalmente nas compras com cartões de crédito e de débito, transações via internet e créditos pré-aprovados. “A vigência do dinheiro virtual nos dá uma possibilidade maior de gastar”, acrescentou. Ajuda – segundo Cláudio Raposo, o alto índice de endividamento de pessoas físicas no país levou grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro a criarem serviços de consultoria e ajuda psicológica para os chamados “devedores anônimos”, a exemplo do que já existe com os alcoólicos e narcóticos anônimos. Ele explica que a sua empresa está estudando junto à Pastoral da Sobriedade de uma paróquia de São Luís a possibilidade de acrescentar ao trabalho da pastoral esse serviço de atendimento às pessoas com endividamento e que não têm condições de pagar por um serviço particular.
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