Servidores do TRT-MA conhecem os métodos de conciliação dos CEJUSCs no Curso de Formação de Conciliadores
No primeiro dia do Curso de Formação de Conciliadores, promovido pela EJUD16 (Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região), os servidores puderam conhecer um pouco mais sobre a abordagem utilizada pelas unidades especializadas em conciliação na Justiça do Trabalho denominadas Centro Judiciário de Métodos Consensuais de Solução de Disputas (CEJUSC). Esse foi o tema da palestra Métodos de Resolução Apropriada de Disputas, ministrada pela juíza substituta Roberta de Melo Carvalho, do TRT da 10ª Região, na manhã da segunda-feira (18/08), no Auditório Professora Maria da Graça Jorge Martins.
Ao explicar sobre as etapas da conciliação, a juíza contou que há formas de solucionar quando as partes se propõem a dialogar entre si em busca de uma negociação. No Cejusc, o papel do conciliador é mediar o conflito e dá encaminhamentos para estimular o acordo processual, enfatizou. De acordo com a juíza é preciso deixar claro que as partes são as personagens principais para encontrar uma solução que as beneficie. Considera que a chamada "autocomposição" deve predominar nas audiências de conciliação do Cejusc, caso contrário, o processo seguirá tramitando na Vara Trabalhista, onde haverá uma decisão do juiz.
Outra questão pontuada pela juíza Roberta Carvalho foi a humanização do processo trabalhista. Nessa nova forma de atuação judicial proposta pelos Cejuscs, os conciliadores precisam estabelecer uma relação de confiança e de sintonia com reclamante e reclamado, criando oportunidade para que as partes possam falar e também para serem ouvidas. Disse que a tendência é que diminua a animosidade, contribuindo, desse modo, para que ambas possam ver o conflito de forma diferente.
A magistrada ressaltou também o auxílio das novas tecnologias na realização das audiências, para os casos em que uma das partes reside em áreas distantes da sede dos Cejuscs. Nesse caso, o uso de aplicativos móveis, como o whatsapp, permitem uma conciliação de forma rápida, sem a necessidade de um espaço físico, o que garante a celeridade das pautas. Lembrou que tais audiências são mediadas pelos conciliadores que são assistidos pelos juízes.
Por fim, a magistrada afirmou que nas audiências conciliatórias é necessário pensar nas duas partes, e não se deter em designar quem é o "vilão" da história. Além disso, destacou que o conciliador deve utilizar uma linguagem simplificada e que áreas do conhecimento como psicologia, neurolinguística, entre outras, favorecem a humanização e a obtenção de resultados positivos que satisfaçam tanto reclamante quanto o reclamado.
Redação: Lucas Ribeiro - estagiário de Jornalismo
Jornalista Responsável: Gisélia Castro
Fotos: Romeu Ribeiro