Setor de Saúde do TRT-MA realiza dia de vacinação contra sarampo nesta quarta-feira (11)

terça-feira, 10 de Dezembro de 2019 - 11:27
Redator (a)
Suely Cavalcante

O Setor de Saúde do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região vai realizar, nesta quarta-feira (11/12), um dia de vacinação contra o sarampo, doença altamente contagiosa, e com potencial de complicação. A vacinação vai ser realizada pela manhã, de 8h30 às 12h, no Setor de Saúde, localizado no andar “L” do prédio-sede do Tribunal; e no período da tarde, das 13h30 às 16h, no Setor Médico do Fórum Astolfo Serra (sede das Varas do Trabalho de São Luís), localizado no 1º andar do Fórum.   
As doses das vacinas são destinadas a magistrados, servidores, estagiários, terceirizados e dependentes. Todos com até 49 anos de idade podem ser vacinados. Conforme o Setor de Saúde, é importante levar o cartão de vacinas para que sejam feitos registros das vacinações.
Segundo Marilda Amorim, chefe do Setor de Saúde, as doses das vacinas foram cedidas pela Secretaria Municipal de Saúde e serão aplicadas por servidores da respectiva secretaria. 
O médico Gustavo Duarte Rodrigues, do Setor de Saúde, chama a atenção para a necessidade de as pessoas se prepararem para enfrentar o ressurgimento da doença que tem se manifestado neste ano, com diversos casos confirmados no país.  
Veja, abaixo, o texto do médico sobre o sarampo:
INFORME SARAMPO - SETOR DE SAÚDE
Após um longo ciclo sem sarampo no nosso cotidiano, nos vimos às voltas com diversos casos confirmados no país em 2019. A queda na cobertura populacional pelas campanhas de vacinação, em grande parte motivada por alguns movimentos antivacina, tornou os ludovicenses (e os brasileiros em geral) novamente vulneráveis a essa ameaça. Precisamos nos preparar para enfrentá-la.
O sarampo é uma doença altamente contagiosa, e com potencial de complicação. O quadro geralmente é aberto com febre e sintomas respiratórios, associados ou não a conjuntivite ou sufusão conjuntival. As famosas manchas do sarampo (exantema) em geral só serão visualizadas por volta do terceiro dia de doença. O período de maior transmissibilidade da doença se dá entre dois dias antes e dois dias após o exantema, mas é possível haver transmissão ainda com 4 a 6 dias antes do início do exantema.
A doença tem curso autolimitado, e não depende de tratamento específico para melhora. Embora a grande maioria dos casos tenha evolução benigna, alguns pacientes experimentarão complicações, como pneumonia, diarréia, vômitos recorrentes, otite, convulsões ou outros sintomas neurológicos. 
O Setor de Saúde preparou algumas orientações para lidar melhor com a questão sarampo:
1.Esteja com a sua situação vacinal em dia: 
•Prevenir sempre será melhor que remediar. Cheque sua carteira de vacinação. A vacina que garante cobertura para o sarampo é a tríplice viral, que garante ainda imunidade contra rubéola e caxumba. A dupla viral (sarampo e rubéola) e a tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e catapora) são outras vacinas que, em determinadas situações, estão disponíveis. 
•Se você tem até 29 anos e apenas uma dose da vacina, é necessário receber a segunda dose. Caso nunca tenha sido vacinado, deverá receber duas doses em datas diferentes.
•Em geral é recomendada ao menos uma dose da vacina tríplice viral dos 30 aos 49 anos para garantia de cobertura vacinal. Quem nessa faixa etária já tenha sido vacinado em alguma ocasião, mesmo que na infância, deve considerar-se vacinado.
•Caso você não disponha de sua carteira de vacinação ou não tenha certeza do seu status vacinal, deverá completar seu esquema vacinal como se nunca tivesse recebido a vacina.
2.Existem contraindicações à vacinação? 
•Em geral, gestantes e pacientes com imunodeficiência ou outras condições que suprimam a imunidade não são elegíveis à vacinação para sarampo, que é feita de vírus vivos atenuados.
3.Estar vacinado garante não ter a doença? 
•Não. Até 20% dos casos em São Paulo se deram em indivíduos vacinados, todos eles, sem exceção, brandos. Além de diminuir bastante a probabilidade de contrair a doença, a vacina parece proteger sobretudo de formas mais graves.
4.Já tive sarampo no passado. Ainda assim preciso me vacinar?
•Não. Indivíduos que sabidamente já tiveram sarampo ou que tem anticorpos IgG positivos para sarampo, em princípio não precisam se imunizar, sendo considerados não-suscetíveis. 
5.Como proceder em caso de sintomas?
•Qualquer pessoa com febre e manchas pelo corpo deve procurar avaliação médica, com o objetivo de se confirmar o diagnóstico e excluir alguma eventual complicação. Indivíduos que tiveram contato com casos confirmados ou suspeitos de sarampo também devem procurar avaliação caso apresentem febre acompanhada de sintomas respiratórios num período de 21 dias após o contato. 
•Na maioria das vezes, após avaliação, será recomendado repouso domiciliar, com reavaliações periódicas. Nesse caso, será recomendado um certo grau de isolamento social do indivíduo acometido por alguns dias, visando minimizar a possibilidade de contágio.
6.E se após avaliação inicial, o médico solicitar internação?
•Nesse caso, provavelmente, terá sido identificada alguma complicação da doença, e será indicado suporte hospitalar até que haja melhora. Durante a internação, o paciente permanecerá em isolamento respiratório.
7.Em que situações procurar reavaliação médica?
•Caso você ou um parente seu tenha recebido diagnóstico de sarampo, inicialmente sem complicações, mas evolua com febre persistente por mais de três dias, vômitos recorrentes, comprometendo a capacidade de se alimentar, convulsões, sonolência excessiva dor abdominal, otite, alteração visual ou falta de ar, você deve procurar assistência de saúde para reavaliação.
8.Caso algum colega de setor tenha diagnóstico ou suspeita de sarampo, por favor, comuniquem ao Setor de Saúde:
•Todo caso de sarampo deve ser notificado à vigilância epidemiológica, e é importante que possamos identificar quem teve contato com o paciente. 
•Em princípio, o mero contato com um caso de sarampo, desacompanhado de sintomas, não garante afastamento do trabalho.
                                                                       Gustavo D. Rodrigues
                                                                Analista Médico - Setor de Saúde
Mais informações pelo telefone (98) 2109 9382.
 

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