TRT-MA inicia programação do Outubro Rosa com palestra sobre câncer de mama
A palestra “Mulher que se cuida. Mulher que se ama” iniciou, ontem (4/10), a programação do Outubro Rosa no Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (MA). Ministrada pela médica ginecologista e mastologista Lays Samara da Costa e Silva, a palestra foi realizada no auditório Juiz Ari Rocha, localizado no prédio-sede do TRT. Realizado em parceria com o plano de saúde Geap, o evento foi coordenado pela Comissão de Incentivo à Participação Institucional Feminina no TRT-MA e o Setor de Saúde, e reuniu servidoras, servidores, terceirizadas, estagiárias e representantes da Geap Saúde.
Na abertura do evento, a diretora-geral, Fernanda Cristina Muniz Marques, falou sobre a importância do mês de conscientização e prevenção ao câncer de mama, observando a necessidade de a mulher se autocuidar.
Na sequência, a chefe do Setor de Saúde, Marilda Amorim Pereira de Sousa, agradeceu à parceria da Geap para a realização da palestra. Marilda esclareceu sobre mudanças no Programa Saúde da Mulher do TRT, que passou por reformulação este ano, conforme estabelecido pela Portaria do Gabinete da Presidência nº 190/2022. O programa é desenvolvido com o propósito de fortalecer a consciência feminina acerca da importância do cuidado com a promoção da saúde e a necessidade de prevenção, controle, diagnóstico precoce e tratamento de diversas doenças. Marilda também falou da campanha lançada para arrecadação de materiais de limpeza, de higiene pessoal e de lenços para doação às pacientes em tratamento de câncer assistidas pelas casas de acolhimento mantidas pela Fundação Antonio Jorge Dino, entidade filantrópica e de utilidade pública que é responsável pela manutenção do Hospital Aldenora Bello, referência em tratamento de câncer no Maranhão. As doações podem ser entregues no Setor de Saúde, localizado no andar L do Tribunal.
Palestra
Em seguida a médica Lays Samara começou a falar sobre o mês de conscientização e prevenção ao câncer de mama, enfatizando que é o tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil e no mundo, com mais casos registrados entre mulheres que vivem nas regiões sul e sudeste. Lays acredita que há subnotificação de casos nas regiões norte e nordeste.
Ser mulher é um dos fatores de risco para o câncer de mama citados por Lays, embora esse tipo de câncer também acometa homens. Mulheres acima de 55 anos também são mais propensas. Outros fatores de risco são a genética, histórico familiar, aumento de risco de desenvolver novamente após o primeiro diagnóstico, densidade da mama em virtude da carga hormonal, nódulos benignos, radiação prévia do tórax, menarca precoce e menopausa tardia.
Mas também existem os fatores de risco modificáveis, que são aqueles relacionados a hábitos de vida. Conforme Lays, entre esses fatores estão não ter filhos ou ter o primeiro filho depois de 30 anos, uso de contraceptivo hormonal, terapia de reposição hormonal (que deve ser feita com cautela), consumo de álcool, sobrepeso e obesidade pela questão hormonal. Por outro lado, o ato de amamentar pode reduzir o risco de câncer de mama, bem como a prática de atividades físicas.
A mastologista falou ainda sobre formas de manifestação ou sinais detectados nas mamas. E também sobre as estratégias de prevenção, tais como periodicidade nas consultas médicas e realização de exames, autoexame (ação de autoconhecimento que é importante para detectar mudanças), detecção precoce e rastreio (exame clínico da mama e mamografia).
Outubro Rosa
A data é celebrada anualmente por diversas instituições, com o objetivo de compartilhar informações e promover a conscientização sobre o câncer de mama, buscando proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade.
Comissão de Incentivo à Participação Institucional Feminina no TRT-MA
A Comissão de Incentivo à Participação Institucional Feminina foi instituída por meio da Portaria do GP n° 283/2020. Compete à comissão elaborar e encaminhar à Presidência proposta de política de equidade de gênero para implementação no âmbito do tribunal, além de propor diretrizes e mecanismos que orientem a administração a atuar no sentido de incentivar a participação de mulheres nos cargos de gestão e demais projetos institucionais. Atualmente a desembargadora e diretora da Escola Judicial, Márcia Andrea Farias da Silva e a juíza titular da Vara do Trabalho de Barreirinhas, Liliana Maria Ferreira Soares Bouéres, são, respectivamente, a coordenadora e coordenadora substituta da comissão.