TRT-MA promove oficina sobre as boas práticas no teletrabalho

terça-feira, 10 de Dezembro de 2019 - 14:42
Marina criou um ambiente amigável para debater sobre teletrabalho e salário emocional
Palestrante com os servidores que participaram da oficina

"O amor foi, o amor é, e o amor sempre será a maior ferramenta de todo ser humano", assim concluiu a mestra em Gestão de Pessoas, Marina de Jesus Carvalho Simão, no fim da roda de conversa em que debateu, de forma compartilhada, o tema "salário emocional para servidores e gestores em teletrabalho - o segredo da produtividade", em evento que ocorreu na Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região.  
Realizado na manhã desta segunda-feira (9), no Auditório Professora Maria da Graça Jorge Martins (auditório da EJUD16), a roda de conversa integrou a programação da Oficina de Teletrabalho que se estendeu ao longo do dia. Na ocasião, Marina Simão criou um ambiente com clima amigável, no qual foi compartilhado, coletivamente, informações acerca da dinâmica do teletrabalho, e a respectiva retribuição financeira pelo serviço prestado.
No regime de teletrabalho, a prestação se dá fora do ambiente institucional, e as atividades são realizadas na própria casa do empregado, num escritório, ou qualquer outro centro externo ao ambiente da instituição. O teletrabalho, ao mesmo tempo que exige 15% a mais de produtividade do empregado, em relação a atuação presencial, amplia a motivação e permite a liberdade de conciliação com outros afazeres paralelos, e os servidores têm mais satisfação com o trabalho. Como ponto positivo, o TRT do Maranhão saltou em produtividade, sendo destaque de maior evolução do Poder Judiciário no país em 2018.
O bem-estar e satisfação dos servidores nesse tipo de relação de trabalho foram pontos discutidos pela Marina Simão. "Como componentes do bem-estar estão elencados as emoções positivas, o engajamento, os relacionamentos, missão e sentido, e a realização, estes são muito importantes de estarem muito bem alinhados, para que enfim a venha a satisfação, para ambos os lados, ou seja, instituição e servidor", falou. 
Os servidores Renata Carvalho dos Santos e Fábio Hack Cechin Carlotto Guerra deram suas contribuições com pontos de vistas parecidos durante o bate-papo. Renata, que trabalha no regime de teletrabalho, falou sobre a sua rotina. "Algumas pessoas podem ver como um prêmio ou espécie de férias o fato de estarmos no teletrabalho, mas isso não exclui a nossa prestação com o serviço público, muito pelo contrário. Hoje eu posso dizer que produzo mais e me sinto feliz por poder ter mais tempo de fazer outras coisas, sem comprometer minhas atividades laborais". Por sua vez, Fábio Guerra ressaltou a importância do debate para quebra de barreiras. "Foi agregador cada informação nova e a colocação de cada um que esteve aqui, às vezes, até quem está no teletrabalho cria algum tipo de resistência com a modalidade, mas hoje foi dia de aprender bastante. Acho que o tema merece ser discutido com maior amplitude em nosso Tribunal", destacou.
Por todo o momento, a mestra em Gestão de Pessoas provocou reflexões acerca do lado emocional. "Prazer, significado e engajamento. Trouxe esses três para formar o trio da felicidade porque acredito ter impacto positivo nas relações de trabalho. Envolve a sensação de que vale a pena; envolve prazer. É um estado de espírito caracterizado por experiências de contentamento, satisfação, amor ou alegria. Ou seja, tudo é um conjunto de ações emocionais que impactam diretamente na motivação do colaborador, e elas são desenvolvidas pelos líderes e gestores", disse.
"O salário emocional não substitui a remuneração em dinheiro, mas quanto mais motivado tiver o servidor, mais rendimento desenvolverá. Cheguei a essa conclusão após investigar as relações interpessoais desenvolvidas dentro do ambiente de trabalho. E, no resultado, o valor do salário ficou em terceiro lugar como quesito crucial de se manter em um emprego", falou. Ela disse ainda que, quando destacados para o teletrabalho, os servidores têm como missão "exercer o salário emocional mais do que nunca".
"Os compromissos estão lá para serem cumpridos, mesmo que a distância. Seja como uma estrutura adequada para o bom desempenho das funções, seja verificando o e-mail institucional dia após dia, e também, com o comparecimento na Unidade conforme combinado. Pois a necessidade de ter o dinheiro para pagar as contas, no fim do mês, não é excluída quando em teletrabalho", completou.
Na parte da tarde, a oficina continuou com a palestra “Estratégias para aumentar a produtividade e reduzir o estresse”, proferida pelo diretor de secretaria da 2ª Vara do Trabalho de Imperatriz, Glennyo Clay Santos Batalha; e com a palestra “Teletrabalho: ferramenta conciliatória de expectativas das organizações públicas, dos servidores e da sociedade”, proferida pela técnica judiciária da 2ª Vara do Trabalho de Imperatriz, Alessandra Magalhães Soares.
O evento foi uma iniciativa da Presidência deste Tribunal. Os participantes irão receber certificado com carga horária de 7h para o Adicional de Qualificação (AQ). O certificado vai ser emitido pela EJUD16.
Redação: Kellyne Lobato (estagiária de Jornalismo)
Jornalista Responsável: Suely Cavalcante.
 

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