O juiz Bruno de Carvalho Motejunas, titular da Vara do Trabalho de Estreito, homologou, na última quarta-feira (1º), acordo inédito na história da Justiça do Trabalho daquele município. Findou uma ação trabalhista ajuizada por uma lavadeira que reclamava o pagamento de R$ 25 de uma dona de casa há quase um ano. A lavadeira entrou com uma reclamação trabalhista na VT de Estreito, no último dia 12 de novembro. Menos de um mês depois conseguiu reaver o dinheiro devido pela dona de casa, durante audiência realizada na Semana Nacional de Conciliação do Judiciário, que termina nesta sexta-feira (3). Segundo o depoimento da trabalhadora, registrado, no chamado termo de reclamação, pela secretaria da vara trabalhista, ela fora contratada duas vezes pela dona de casa como diarista “para lavar trouxas de roupas”, em dezembro de 2009. Recebeu apenas R$ 5 pelo serviço. O contrato firmado entre as duas estabelecia o pagamento de R$ 15 por cada dia de lavagem de roupa. A falta de pagamento pelo serviço prestado levou a trabalhadora a recorrer à Justiça do Trabalho para por fim ao conflito. A audiência, realizada no terceiro dia da Semana Nacional de Conciliação na VT de Estreito, durou poucos minutos. Mas foi o suficiente para finalizar a disputa judicial. Segundo o juiz Bruno Motejunas, ações trabalhistas como essa mostram que a justiça não está preocupada com processos que envolvam expressivas somas. Mas em reparar direitos lesados. Ele também considera que a procura pela VT de Estreito, que possui jurisdição em oito municípios do sul do Maranhão, revela que a sociedade sabe que o Judiciário Trabalhista resolve com rapidez os conflitos trabalhistas sendo “espaço adequado para a defesa dos direitos assegurados pela legislação”. Por Gisélia Castro