Na segunda itinerância de 2015 da Vara do Trabalho de Barra do Corda,  o juiz titular da VT, Francisco José Campelo Galvão, realizou 163 audiências no Município de Grajaú, de processos ajuizados contra o referido municípios e os de Arame, Formosa da Serra Negra e contra empresas privadas. As audiências foram realizadas na Câmara Municipal de Grajaú, na semana de 25 a 29 de maio. O magistrado foi auxiliado pelos servidores Stefânia Amorim Silveira (diretora de Secretaria), Geisane Costa Santos de Almeida (protocolo) e Pedro Vinícius Grangeiro (chefe de audiências).

Segundo o relatório da itinerância, das 163 reclamações trabalhistas colocadas em pauta, 35 foram conciliadas, 117 ficaram conclusas para julgamento e 11 foram arquivadas por ausência dos reclamantes (partes que ajuizaram as ações). Os valores previstos para pagamento futuro aos trabalhadores equivalem a R$ 90.220,00.

Das ações ajuizadas contra entes públicos, 38 foram contra Grajaú; 26 são contra Arame e nove têm como reclamado o Município de Formosa da Serra Negra. Os outros 90 processos têm como reclamados entes privados.

Ainda, conforme o relatório, a Vara do Trabalho de Barra do Corda fez o levantamento de processos que estavam aguardando pagamento de RPV ou Requisições de Pequeno Valor  (execuções contra a fazenda pública),  para identificar os reclamantes que tinham completado 60 anos de idade, a fim de levar os alvarás para entrega aos beneficiários.

No dia 29 de maio, foram liberados alvarás no total de R$ 93.669,14 para idosos com processos de trâmite preferencial; bem como alvarás com total de R$ 81.435,55 para reclamantes com processos em fase de execução; e de R$ 3.674,60 referentes a honorários advocatícios, e recolhida a quantia de R$ 4.633,78 a título de contribuições previdenciárias.

No ato do recebimento do seu alvará, a reclamante Ana de Sousa Carvalho, de 80 anos de idade, ficou tão agradecida e feliz pelo recebimento do alvará, que demonstrou sua alegria declamando uma poesia, conforme informado pela diretora de secretaria da VT, Stefânia Silveira. “Ela declamou uma poesia demonstrando a sua satisfação em receber seus créditos trabalhistas e, ao final deu-nos um carinhoso abraço, com um grande sorriso”, disse.

Leia, abaixo, a poesia:

“Eu também já fui bonita
Em bons tempos de moça
Chegou-me agora a desdita
Embora eu fosse de louça.

Eu sempre fui alegre
Apesar das circunstâncias, de tudo
Mais vale um velho alegre
Do que um jovem confuso.

Quem espera caça esperança
Quem dorme sempre descansa
A fortuna é como a neve
A sorte como a balança”.

Com informações da Vara do Trabalho de Barra do Corda.