PESQUISA

PERFIL DAS PÁGINAS ELETRÔNICAS E REDES SOCIAIS DOS CENTROS DE MEMÓRIA DO PODER JUDICIÁRIO NO BRASIL (2020)

 

 

* Edvânia Kátia Sousa Silva

Memojutra / Memojus / TRT 16ª Região

 

A presente pesquisa visa apresentar um diagnóstico da paginas eletrônicas dos Centros de Memória do Poder Judiciário no país, buscando demonstrar o grau de divulgação das atividades, a forma como são disponibilizadas as informações do acervo, o grau nivelamento perante as demais unidades em relação à visibilidade, a importância atribuída no relacionamento com a sociedade. Não foi possível fazer uma análise do conteúdo, apenas indicar a existência de ícones relacionados diretamente à área da memória.

 

Conforme explica Otacílio Marques, um dos espaços mais apropriados para a consolidação da memória institucional, mas que ainda é pouco explorado pelo Poder Judiciário, é a Internet. Nesse ambiente virtual as possibilidades de disponibilização da informação são infindáveis, mas atualmente os tribunais utilizam poucos recursos informáticos em seus sítios, não atualizando suas páginas, que permanecem com informações básicas servindo apenas como um simples folder institucional. Sítios dinâmicos e interativos são raros no Poder Judiciário. IN:  MARQUES, Otacílio Guedes. Informação Histórica: Recuperação e Divulgação da Memória do Poder Judiciário Brasileiro. UNDB)

 

Há que se ressaltar que já foi realizada uma pesquisa em mês de fevereiro de 2014, atualizada em 2019, sendo uma pesquisa quantitativa com base no universo global apenas do Poder Judiciário Trabalhista (TST e 24 Tribunais Regionais do Trabalho). Buscou-se identificar o enquadramento dos Centros de Memória e/ou Memoriais na estrutura administrativa dos órgãos do Poder Judiciário. Segundo a pesquisa a falta de uma padronização, seja quanto à existência da unidade, seja quanto à vinculação (eixo institucional – Presidência / eixo judicial – Secretarias Judiciárias / eixo educativo – Escolas Judiciais / eixo estratégico – Tribunal Pleno), seja quanto à nomenclatura, dificulta o avanço de uma política de preservação da memória.

 

Mas para fins desta pesquisa considerou-se apenas a existência de um espaço físico, sem aprofundar em relação à uma unidade gestora da memória ou equivalente existente no organograma, tendo em vista que, de um modo geral, os espaços físicos possuem algum tipo de visibilidade nas páginas eletrônicas dos órgãos do Poder Judiciário mediante a existência de uma página, podendo esta ser de responsabilidade da unidade da memória, da comissão de gestão documental/memória ou equivalente ou de outra unidade. Isto porque, embora em alguns Tribunais não haja a unidade da memória constituída e integrante do organograma, há páginas relacionadas ao tema.

 

Não se pretende com a pesquisa ingerir sobre a divulgação dos memoriais dos órgãos do Poder Judiciário, entretanto a pesquisa visa fornecer subsídios para uma padronização nacional de informações, embora pelo caráter independente que têm, os órgãos do Poder Judiciário possam ir além das sugestões propostas.

 

Ressalte-se que o Conselho Nacional de Justiça também publicou o Manual de Comunicação Digital do CNJ com orientações para o Portal CNJ ▶ Intranet CNJ ▶ Redes Sociais CNJ ▶ Endereço eletrônico (e-mail institucional) ▶ APPs CNJ ▶ Grupos de servidores organizados por número de celular ▶ Celular institucional CNJ ▶ Galeria Flickr CNJ ▶ YouTube CNJ.

 

Solicita-se que caso haja necessidade de alteração em algum dado que seja enviado e-mail para edvania100@yahoo.com.br, a fim de que se possa manter o diagnostico atualizado, contribuindo assim para a melhoria dos nossos serviços.

 

2. METODOLOGIA

As informações são baseadas na visita de 100% das páginas oficiais existentes (incluindo TST, STM, TSE). Buscou-se mostrar o tratamento dispensado às páginas referente ao Espaço Físico da memória nas páginas dos Tribunais do Poder Judiciário no país, independente da existência ou não de uma unidade gestora.

A metodologia consistiu na visitação a todas as páginas eletrônicas para verificar:

• Existência de um espaço físico denominado memorial, memória, centro de memória, museu ou equivalente, independente da existência de uma unidade gestora (setor, seção, divisão, coordenadoria, secretaria, diretoria ou outros
• Existência da página do memorial, memória, centro de memória, museu ou equivalente, independente da existência de uma unidade ou da nomenclatura adotada no organograma
• A data da inauguração quando possível deste espaço físico
• A identificação de acervos Memória do Mundo e sua visibilidade na página do memorial, memória, centro de memória, museu ou equivalente ou nas páginas do Tribunal
• Se as páginas do espaço físico denominado memorial, memória, centro de memória, museu ou equivalente possuem seção de notícias atualizada constantemente
• Nomenclatura dada ao espaço físico denominado memorial, memória, centro de memória, museu ou equivalente, independente da nomenclatura da unidade gestora (setor, seção, divisão, coordenadoria, secretaria, diretoria ou outros), quando existente
• Visibilidade da página da memória na pagina principal
• Identificação da página da memória na página principal por meio de um Selo e/ou a existência de ícone de destaque
• Identificação na página principal por meio de um Menu de fácil acesso
• Nome de identificação da página da memória na página principal
• Localização da página da memória nos principais menus disponíveis no site do Tribunal (itens que agregam várias informações) – Institucional, Mais Informações, etc.
• O valor agregado quanto à informação no Menu principal disponível, considerando que o valor agregado pode ser reunido em três eixos (Institucional – Judicial – Portais)
• A existência de página secundária relacionada à memória institucional mesmo que o produto ou serviço não seja uma atribuição da unidade gestora da memória
• A existência de Museu Virtual, entendendo-se museu virtual como sendo um passeio pelo Museu onde o visitante pode ver as peças por meio de vídeos ou fotografias

Clique aqui para acessar a pesquisa na íntegra